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domingo, 10 de novembro de 2013

A resposta da oração depende de como recebemos a Palavra.



Versículos: Ne 01:01 – 02:04.
Pregador: Miss. R.R. Soares
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 02/11/2013
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).


As palavras de Neemias, filho de Hacalias: No mês de quisleu, no vigésimo ano, enquanto eu estava na cidade de Susã, Hanani, um dos meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro, e também sobre Jerusalém. E eles me responderam: "Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província, passam por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram destruídas pelo fogo" (Ne 01:01-03 – NVI).

Às vezes, mesmo a pessoa sendo de Deus, o ataque do inimigo pode ser de tamanha intensidade que, para a pessoa que o sofreu, aparentemente nada mais resta a fazer senão esperar a destruição total, afinal, quase nada mais pode ser feito. Esse não é o caminho. O Senhor Deus nos demonstrou através de diversas passagens na Palavra que Ele pode transformar totalmente uma vida, assim como Ele fez com Jó, o qual o próprio Senhor Deus diz ao diabo que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal (Jó 01:08), todavia, o inimigo obteve permissão para tocar na vida dele. Mas por que o inimigo pode tocá-lo?

Se observarmos o início do capítulo, veremos que Jó tinha receio que seus filhos estivessem blasfemando contra o Senhor, pois iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs para comerem e beberem com eles. E sucedia que, tendo decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava; e, levantando-se de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; pois dizia Jó: Talvez meus filhos tenham pecado, e blasfemado de Deus no seu coração. Assim o fazia Jó continuamente (Jó 01:04-05 – NVI).

Esse medo de Jó causou-lhe grande dor, pois certo dia, quando seus filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho em casa do irmão mais velho, veio um mensageiro a Jó e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pasciam junto a eles; e deram sobre eles os sabeus, e os tomaram; mataram os moços ao fio da espada, e só eu escapei para trazer-te a nova. Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu e queimou as ovelhas e os moços, e os consumiu; e só eu escapei para trazer-te a nova. Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Os caldeus, dividindo-se em três bandos, deram sobre os camelos e os tomaram; e mataram os moços ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova. Enquanto este ainda falava, veio outro e disse: Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho em casa do irmão mais velho; e eis que sobrevindo um grande vento de além do deserto, deu nos quatro cantos da casa, e ela caiu sobre os mancebos, de sorte que morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova (Jó 01:13-19 – NVI).

Por causa desse medo, Jó não somente perdeu suas posses, como também seus próprios filhos, afinal, como já estudamos, essa era a porta aberta na vida de Jó, que permitiu que o inimigo entrasse e armasse seus laços, atacando a vida dele como um todo, afinal, a Palavra de Deus diz que um abismo chama outro abismo (Sl 42:07). O mesmo tem acontecido nas vidas de muitas pessoas que são de Deus. Devido ao temor de alguma ação do inimigo, alguns de nós, infelizmente, temos perdido bênçãos, curas, libertações, inexplicáveis aos olhos humanos, o que é algo terrível. Não podemos deixar espaço para o medo em nossos corações.

No caso de Jó, não bastasse a perda de suas posses e, principalmente, de seus filhos, saiu, pois, Satanás da presença do Senhor, e feriu Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até o alto da cabeça. E Jó, tomando um caco para com ele se raspar, sentou-se no meio da cinza (Jó 02:07-08 – NVI). Mais uma lição para nós. Não bastasse, por exemplo, perdermos o nosso emprego e um ente querido, ainda estamos passando por problemas no casamento, na saúde, com nossos filhos, etc. Ocorre que, ao invés de reconhecermos que o medo que sentimos foi uma porta que deixamos aberta para o inimigo entrar, entrarmos na presença do Senhor, pedimos perdão por isso e Seu auxílio para nos livrar dessas investidas malignas, agimos como Jó, pegando um caco para raspar esse problema (arrumamos uma desculpa para justificarmos essa situação, um culpado, etc) e nos sentamos em meio às cinzas (permanecemos de luto, aguardando que a misericórdia do Senhor se manifeste em nossas vidas e nos livre desses transtornos).

Todavia, o Senhor não deixou Jó nessa situação, afinal, depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. Todos os seus irmãos e irmãs, e todos os que o haviam conhecido anteriormente vieram comer com ele em sua casa. Eles o consolaram e o confortaram por todas as tribulações que o Senhor tinha trazido sobre ele, e cada um lhe deu uma peça de prata e um anel de ouro. O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de boi e mil jumentos. Também teve ainda sete filhos e três filhas. À primeira filha deu o nome de Jemima, à segunda o de Quézia e à terceira o de Quéren-Hapuque. Em parte alguma daquela terra havia mulheres tão bonitas como as filhas de Jó, e seu pai lhes deu herança junto com os seus irmãos. Depois disso Jó viveu cento e quarenta anos; viu seus filhos e os descendentes deles até a quarta geração. E então morreu, em idade muito avançada (Jó 42:10-17 – NVI).

Jó, que perdeu tudo, obteve tudo de volta, não da mesma maneira que ele havia perdido, mas multiplicado, uma vez que entrou em oração, no caso dele, depois que orou por seus amigos.

Voltando ao caso de Neemias, veremos que ele também orou, pois, ele diz: Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus (Jó 42:04 – NVI).

É dessa forma que conseguiremos nos reerguer de diante de um ataque (seja ele intenso, moderado ou leve) do inimigo, pois a oração é um diálogo nosso com o Senhor, onde nós levamos a Ele o nosso problema, e Ele responde como devemos agir, através de Sua Palavra.

Veremos agora, como isso se deu com Neemias, pois ele orou como se por “tópicos” iniciando com ele levando os seus problemas ao Senhor e recapitulando aquilo que o Senhor Deus dizia, na época, em Sua Lei:

E disse: Ah! Senhor Deus dos céus, Deus grande e terrível! Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os seus mandamentos; estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa de meu pai temos pecado. De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu servo. Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos. E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido para ali fazer habitar o meu nome. Eles são teus servos e o teu povo que resgataste com a tua grande força e com a tua forte mão. Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era eu copeiro do rei (Jó 42:05-11).

Então veio a resposta do Senhor. Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele. E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi sobremaneira (Ne 02:01-02).

Será que o rei reparava no semblante de todos os seus servos, seus empregados? Obviamente que não, mas algo o fez prestar atenção na tristeza de Neemias: o toque do Senhor.

Meus irmãos e irmãs, eu não sei o problema que cada um está passando, qual é a complexidade dele, mas tenho certeza que se entrarmos em oração diante do Senhor, baseado em Sua Palavra, Ele enviará uma resposta que virá de alguma maneira que eu também não sei (através de uma mensagem, de um hino, uma Palavra, na leitura bíblica, etc). Creiamos nisso, Em Nome de Jesus!

E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo? E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus, e disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique (Ne 02:03-05).

Neemias, não somente obteve autorização do rei para ir à sua cidade para reerguer seus muros, como também cartas do dele para passar por outros reinados e também madeira da floresta real para fazer as vigas das portas da cidade.  Deus faz muito mais do que pedimos ou pensamos.

Jó recebeu tudo aquilo que havia perdido multiplicado, assim como Neemias recebeu não somente a autorização do rei para reerguer os muros de sua cidade, mas parte do material necessário para isso, além de indicações do rei para que pudesse atravessar outros territórios sem ser sofrer problemas durante a trajetória.

Portanto, a resposta da oração que fazemos, depende da maneira como recebemos a Palavra. Quando oramos baseados nas Escrituras e, ao recebermos a resposta do Senhor, acolhemos esse recado da maneira orientada por Ele e em terra boa, obviamente que essa semente ira germinar, transformando-se em uma grande árvore cheia de frutos. Todavia, se não seguirmos as orientações e a plantarmos em um terreno sem nutrientes, nada irá nascer ali, a não ser a decepção. Oremos então por nossos problemas, aguardemos a resposta do Senhor e então plantemos essa semente em nosso melhor solo, o nosso coração repleto da Palavra de Deus. Eu sou limitado. Que o Senhor fale mais a cada coração. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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