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domingo, 24 de novembro de 2013

Diferentes formas de atuação – 2º.



Versículos: Is 38:01-05, Mt 09:01-07; 32-33; 17:14-18, Mc 08:22-25, Lc 04:38-41, Jo 09:01-07, Rm 08:10-14 e I Co 01:18; 25; 02:14; 12:01-07 e Cl 01:09.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 23/11/2013
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).


Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos (I Co 12:06 – NVI).

Se crermos no Senhor Jesus, os sinais nos seguirão e em Seu nome expulsaremos os demônios (Mc 16:17). Porém, nem todas as pessoas estão oprimidas por espíritos malignos tem de manifestar, cair para que eles sejam expulsos. Algumas vezes é necessária a oração clássica para expulsar o mal, em outros casos é necessária apenas uma interseção e essa pessoa fica liberta. Há casos ainda que é necessário que nos dirijamos à própria ação que está nos atacando (uma dor, ou uma doença, por exemplo) e a repreendemos para que sua atividade cesse em nossas vidas.

Vejamos, na Palavra, exemplos de como devemos proceder, nas mais diversas áreas de nossas vidas, que o Senhor Jesus nos deixou.

E, entrando no barco, passou para o outro lado, e chegou à sua cidade. E eis que lhe trouxeram um paralítico, deitado numa cama. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados (Mt 09:01-02). Essa passagem é muito conhecida, possui uma série de ensinamentos que veremos superficialmente nessa mensagem, pois nosso foco de estudo é outro hoje.

Jesus, antes de tomar qualquer atitude em relação àquele homem paralítico, inicialmente, olhou para a Fé daqueles que o traziam. Será que não é esse o motivo para não termos nossas orações atendidas? Será que o Senhor está enxergando a Fé o suficiente para entrar em ação nas nossas vidas? Na seqüência, o Senhor pede para o homem ter bom ânimo e, em seguida, perdoa os seus pecados. Mais um ensino para nós. Será que estamos com bom ânimo, animados, felizes com a possibilidade de ter nossos pecados perdoados, ou algo “sórdido” que nos dá lucro, prazer, etc, ainda está escondido em nossos corações e estamos tristes por ter que abandonar isso?

E eis que alguns dos escribas diziam entre si: Ele blasfema. Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossos corações (Mt 09:03-04)? Não podemos esquecer que Jesus conhece os nossos pensamentos. Portanto, de nada adianta querermos a nossa libertação de algo da boca para fora, se em nossos pensamentos ela permanecer presente.

Pois, qual é mais fácil? dizer: Perdoados te são os teus pecados; ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa. E, levantando-se, foi para sua casa (Mt 09:05-07). Jesus nos ensina nessa passagem que Ele tem o poder, tanto para perdoar os nossos pecados, quanto para nos curar de qualquer enfermidade. Ora, então por que não nos dirigimos ao mal que nos ataca e Em Nome de Jesus o repreendemos e ordenamos a sua retirada de nossas vidas?

Nesse caso, vimos que Jesus perdoou os pecados daquele homem. Conosco, a situação é a mesma. Jesus está pronto para perdoar os nossos pecados e, caso eles estejam presentes em nossas vidas, não adianta tentarmos nenhuma aproximação do Senhor que não seremos atendidos. Com pecado existente em nossas vidas, o Senhor não poderá nos ajudar quando necessitarmos. Quando há pecado envolvido, ele precisa ser abandonado, primeiramente, para que então o Senhor possa operar em nossas vidas. Em caso de pecado, não adianta outra pessoa orar e buscar o Senhor pelo perdão, pois essa ação é pessoal e intransferível, assim como foi com o rei Ezequias.

Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós, e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede, e orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR, peço-te, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade, e com coração perfeito, e fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo (Is 38:01-03).

Foi o próprio rei que orou ao Senhor. Se ao invés dele tivesse orado o profeta Isaías, muito provavelmente não teria ocorrido nada, afinal o problema estava na casa (coração) do rei e como alguém pode autorizar a entrada de alguém na casa alheia? O coração é algo tão importante que nem Deus entra nele sem pedirmos, foi o próprio Jesus que disse que Está á porta e bate, se alguém ouvir a Sua voz e abrir a porta, Ele entrará em sua casa e ceará com essa pessoa (Ap 03:20).

Então veio a palavra do Senhor a Isaías, dizendo: Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos (Is 38:04-05). Por causa dessa atitude do rei, ele não somente foi ouvido, como conseguiu mais quinze anos de vida.

Vejamos outras maneiras que o Senhor atuou.

E, havendo-se eles retirado, trouxeram-lhe um homem mudo e endemoninhado. E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel (Mt 09:32-33). Nos casos anteriormente estudados, em algum momento, vimos Pedro se dirigir ao demônio? Não! Mas nesse caso, especificamente, Jesus expulsou o demônio do mudo, e esse passou a falar. Obviamente que nem todo mudo é endemoninhado, ao contrário, existem alguns tão cheios do Espírito Santo que são verdadeiras bênçãos nos ambientes e lugares que freqüentam. Porém, nessa situação em particular, tratava-se de uma pessoa muda e possuída por um espírito maligno.

Em um outro caso, Jesus agiu de forma semelhante. Quando chegaram onde estava a multidão, um homem aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: "Senhor, tem misericórdia do meu filho. Ele tem ataques e está sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo". Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino". Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino e, desde aquele momento, ele ficou curado (Mt 17:14-18 – NVI). Mais uma vez Jesus expulsou o demônio para que o milagre chegasse à vida de uma pessoa, não é mesmo? Não!

Como vimos no início do parágrafo, Jesus agiu de forma semelhante, mas não igual, pois no caso anterior, Ele expulsou (fez sair a força, de maneira vergonhosa) o demônio, já nesse caso Ele repreendeu (censurou, admoestou energicamente) o inimigo. São duas situações aparentemente iguais, mas diferentes entre si. É justamente por causa dessas “pequenos” detalhes, os quais muitas vezes não prestamos atenção, que muitas vezes, não alcançamos o milagre que precisamos. Temos que prestar toda a nossa atenção nas orientações que o Senhor nos dá, cada vírgula, cada acento, pois neles está embutido o Poder de Deus que nos trará a libertação.

Em outra situação, porém, Jesus agiu de maneira completamente diferente. Jesus saiu da sinagoga e foi à casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram a Jesus que fizesse algo por ela. Estando ele em pé junto dela, inclinou-se e repreendeu a febre, que a deixou. Ela se levantou imediatamente e passou a servi-los (Lc 04:38-39 – NVI). Agora, Jesus se dirigiu diretamente à febre da sogra de Simão e a repreendeu. Portanto, temos que ter discernimento para saber quando devemos agir e de que forma. Caso não tenhamos isso, peçamos ao Senhor que nos capacite com essa virtude e com a Sua sabedoria para sabermos como agirmos em cada caso.

O caso que vamos estudar agora, trata-se de uma situação específica que fez Jesus e que não deve ser repetida por ninguém, a menos que isso seja uma orientação expressa do Senhor Deus (e não da nossa própria imaginação).

E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa (Mc 08:22-23). Já pensaram se Jesus fizesse isso hoje? Ele seria criticado de todas as maneiras possíveis. Todavia, Ele só agiu dessa maneira por orientação do Santo Espírito.

E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente (Mc 08:24-25). Foi através desse ato incomum de Jesus que esse homem ficou curado.

Outra situação similar que Jesus agiu. E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus. Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo (Jo 09:01-07).

Esses tipos de atuação se discernem espiritualmente, pois, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente (I Co 02:14).

Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus (I Co 01:18). Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens (I Co 01:25).

Não adianta acharmos que todas situações que atravessarmos serão resolvidas da mesma forma. Pode ocorrer, até mesmo, que uma situação que, eventualmente, já tenha ocorrido conosco, tenha orientação do Senhor para ser tratada de modo completamente diferente. Por exemplo, não é porque ficamos curados de uma dor de cabeça através de uma oração onde mandamos o inimigo embora, que isso vá ocorrer sempre dessa forma. Talvez, na próxima vez, tenhamos que nos dirigir a essa dor e repreenda-la, diretamente, assim como Jesus fez com a febre. Jesus é quem nos deve guiar para tomarmos a decisão certa.

Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. Vocês sabem que, quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos. Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo. Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum (I Co 12:01-07 – NVI).

Com vimos acima, não devemos ser “ignorantes espirituais” (entendamos aqui a palavra “ignorantes” não no sentido pejorativo, mas como desconhecedores), afinal de contas, temos que buscar a manifestação do Espírito, pois é Ele quem nos capacita com o discernimento necessário para vermos qual diretriz devemos tomar. Repetindo, caso ainda não tenhamos isso, busquemos ao Senhor para nos dar essa capacidade abençoada. Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual (Cl 01:09 – NVI).

E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus (Rm 08:10-14).

Ser guiado pelo Santo Espírito e ser filho do Senhor Deus significa, em outras palavras, fazer a mesma coisa, e da mesma forma, que Ele próprio faria. Agindo dessa forma estaremos concordando com aquilo que Ele falou, não ocorrendo divisão (diferentes pensamentos ou entendimentos) entre nós e o Senhor, pois Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos (Jo 08:31). Além disso, como poderemos andar com Jesus se não concordarmos com o que Ele nos ensinou, pois, porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo (Am 03:03)?

Portanto, vimos que cada situação complicada que passamos em nossas vidas deve ser analisada, individualmente, na Presença do Senhor Jesus. Cada situação pode ser resolvida de diferentes maneiras e de acordo coma as Sua orientações. Caso ainda não tenhamos esse discernimento espiritual necessário, busquemos o Senhor que Ele nos dará com a maior satisfação e amor. Todavia, se houver pecado em nossas vidas, temos que, primeiro, nos livrarmos dele pedindo perdão ao Senhor por nossos erros (além da pessoa contra quem pecamos, se for o caso). Depois que fizermos isso, o Senhor estará ao nosso lado nas batalhas nos orientando, dentre as diferentes formas de atuação, a melhor maneira de vencê-las. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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