Versículos
II Cr 26:01-21, Sl 06:02; 16:09-11; 101:01-06, Pv 12:01, Hc 03:17-19 e Rm
08:35; 38-39.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local:
Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 15/09/2012
Referências
Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e
Nova Versão Internacional).
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a
perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? (Rm 08:35).
Infelizmente, alguns de nós, ao primeiro sinal de contratempo em nossa
caminhada na Fé, simplesmente, recuamos, nos amedrontamos e até mesmo
abandonamos Jesus. Pobre de nós se assim fizermos, pois não estamos olhando
para o Senhor, nem confiando em Seu Poder e Sua Palavra. O apóstolo Paulo diz:
“Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o
presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem
qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 08:38-39 – NVI).
Muitos abandonam a Fé devido à tribulação que enfrentam (que nada mais é
que uma tentativa do inimigo de nos afastar do Senhor), da angústia, da
perseguição (que sofrem até mesmo em seu próprio lar), a fome, a nudez, medo,
conveniência, etc, mas também existem pessoas que abandonam o Caminho devido a
uma repreensão que recebem. Vejamos um exemplo com uma passagem que já
conhecemos bastante, mas que vai nos trazer novos ensinamentos, que é a história
do rei Uzias.
Então todo o povo de Judá proclamou rei a Uzias, de dezesseis anos de
idade, no lugar de seu pai, Amazias. Foi ele quem reconquistou e reconstruiu a
cidade de Elate para Judá, depois que Amazias descansou com os seus
antepassados. Uzias tinha dezesseis anos de idade quando se tornou rei, e
reinou cinqüenta e dois anos em Jerusalém. Sua mãe era de Jerusalém e
chamava-se Jecolias. Ele fez o que o Senhor aprova, tal como o seu pai Amazias;
e buscou a Deus durante a vida de Zacarias, que o instruiu no temor de Deus.
Enquanto buscou o Senhor, Deus o fez prosperar. Ele saiu à guerra contra os
filisteus e derrubou os muros de Gate, de Jabne e de Asdode. Depois reconstruiu
cidades próximo a Asdode e em outros lugares do território filisteu. Deus o
ajudou contra os filisteus, contra os árabes que viviam em Gur-Baal e contra os
meunitas. Os amonitas pagavam tributo a Uzias, e sua fama estendeu-se até a
fronteira do Egito, pois havia se tornado muito poderoso. Uzias construiu
torres fortificadas em Jerusalém, na porta da Esquina, na porta do Vale e no
canto do muro. Também construiu torres no deserto e cavou muitas cisternas,
pois ele possuía muitos rebanhos na Sefelá e na planície. Ele mantinha
trabalhadores em seus campos e em suas vinhas, nas colinas e nas terras
férteis, pois gostava da agricultura.
Uzias possuía um exército bem preparado, organizado em divisões de acordo com o
número dos soldados convocados pelo secretário Jeiel e pelo oficial Maaséias,
sob o comando de Hananias, um dos oficiais do rei. O total de chefes de família
no comando dos homens de combate era de dois mil e seiscentos. Sob o comando
deles estava um exército de trezentos e sete mil e quinhentos homens treinados
para a guerra, uma força poderosíssima que apoiava o rei contra os seus
inimigos. Uzias providenciou escudos, lanças, capacetes, couraças, arcos e
atiradeiras de pedras para todo o exército. Em Jerusalém, construiu máquinas
projetadas por peritos para serem usadas nas torres e nas defesas das esquinas,
máquinas que atiravam flechas e grandes pedras. Ele foi extraordinariamente
ajudado, e assim tornou-se muito poderoso e a sua fama espalhou-se para longe
(II Cr 26:01-15 – NVI).
Uzias possuía muitas qualidades que todos Filhos de Deus precisam buscar,
pois fez o que era reto aos olhos do Senhor, prosperou, partiu para o combate
contra os inimigos, tratou da infra-estrutura de seu reinado cavando cisternas,
torres fortificadas, equipando seu exército (que é o mesmo que devemos fazer em
nosso Ministério que o Senhor nos dá), obteve sabedoria para criar máquinas
projetadas por peritos, obteve boa fama por todos os lugares, etc, entretanto,
ele também cometeu um deslize que todos nós devemos nos esforçar para evitar: o
orgulho.
Entretanto, depois que Uzias se tornou poderoso, o seu orgulho provocou a
sua queda. Ele foi infiel ao Senhor, ao seu Deus, e entrou no templo do Senhor
para queimar incenso no altar de incenso (II Cr 26:16 – NVI). O mesmo acontece
com alguns dentre nós. Nos achamos “tão espirituais e tão de Deus”, que
deixamos o orgulho invadir nossos corações, nos julgamos melhores que os outros
e com “licença especial do Senhor” para fazer algo que a Palavra condena,
afinal, “nós somos diferenciados em nossa relação com o Pai!” Pura mentira do
inimigo, pois é justamente por essa porta que ele entrará e nos destruirá.
Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, e com ele oitenta sacerdotes do
SENHOR, homens valentes. E resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti,
Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos
de Arão, que são consagrados para queimar incenso; sai do santuário, porque
transgrediste; e não será isto para honra tua da parte do SENHOR Deus (II Cr
26:17-18). Azarias poderia deixar de lado essa interferência de Uzias, afinal,
ele era o rei, porém, o sacerdote não fez isso, ao contrário, confrontou o rei
com seu erro. Ou seja, Azarias não se calou diante do erro do rei, não deixou
que nada, nem mesmo o poder, a influência e a representatividade do monarca, o
separasse do amor de Deus.
Ao ser confrontado com seu erro o que fez Uzias? Reconheceu sua
transgressão, agradeceu o sacerdote e pediu o perdão e a misericórdia de Deus?
Nada disso, Uzias, que estava com um incensário na mão, pronto para queimar o
incenso, irritou-se e indignou-se contra os sacerdotes; e na mesma hora, na
presença deles, diante do altar de incenso no templo do Senhor, surgiu lepra em
sua testa (II Cr 26:19 – NVI). Esse é o mesmo erro que muitos de nós cometemos!
Ao recebermos uma Palavra que nos condena em algo, ao invés de agradecermos ao
Senhor por Ela (que está repleta do Poder necessário para nos salvar para a
eternidade), nos iramos contra Ele ou contra quem nos entregou essa Palavra,
afinal, lucramos com alguma atitude errada, temos prazer com alguma prática
condenada, etc. Não sejamos néscios e aceitemos a repreensão, afinal, o que ama
a instrução ama o conhecimento, mas o que odeia a repreensão é estúpido (Pv
12:01).
Se agirmos dessa forma, terminaremos como o rei Uzias. Quando o sumo
sacerdote Azarias e todos os outros sacerdotes viram a lepra, expulsaram-no
imediatamente do templo. Na verdade, ele mesmo ficou ansioso para sair, pois o
Senhor o havia ferido. O rei Uzias sofreu de lepra até o dia em que morreu.
Durante todo esse tempo morou numa casa separada, leproso e excluído do templo
do Senhor. Seu filho Jotão tomava conta do palácio e governava o povo (II Cr
26:20-21 – NVI).
Será que Deus não podia curar o rei? Claro que sim! Será que Deus queria
curá-lo. Obviamente que sim! Porém, o Senhor não pôde curá-lo, pois o seu
pecado o separou, o excluiu do templo e da Presença do Senhor. O mesmo será
conosco. Ao precisarmos da ajuda do Senhor, Ele vai querer nos ajudar, terá o
Poder necessário para tal, mas, infelizmente, não poderá nos ajudar, pois
estaremos afastados de Sua Presença. Misericórdia Senhor!
Vejamos, na seqüência, o que disse o rei Davi, em um de seus salmos.
Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, SENHOR, cantarei. Portar-me-ei com
inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um
coração sincero. Não porei coisa má diante dos meus olhos. Odeio a obra
daqueles que se desviam; não se me pegará a mim. Um coração perverso se apartará
de mim; não conhecerei o homem mau. Aquele que murmura do seu próximo às
escondidas, eu o destruirei; aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não
suportarei. Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem
comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá (Sl 101:01-06). Como
estudamos anteriormente, o rei Uzias agiu de maneira tola, estúpida, pois
rejeitou a repreensão dada por um justo (o profeta Azarias), e a Palavra de
Deus é muito clara quando diz: Fira-me o justo, será isso uma benignidade; e
repreenda-me, será um excelente óleo, que não me quebrará a cabeça (Sl 141:05).
Não cometamos o mesmo erro que o rei de Judá e aceitemos “a bronca” que o
Senhor nos dá, afinal, merecemos.
Alguém pode dizer: “Mas se eu deixar de lado isso que Deus condena, estarei
destruído, perderei tudo, minhas posses, afinal, é dessa prática que tiro meu
sustento. Até mesmo minha família poderei perder!” Isso não vai acontecer,
pois, mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo
falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras,
nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no
Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação (Hc 03:17-18 – NVI). O Senhor
não nos abandonará, ao contrário, o Senhor Soberano é a nossa força; Ele faz os
nossos pés como os do cervo; Ele nos habilita a andar em lugares altos (Hc
03:19 – NVI).
Tem misericórdia de mim, SENHOR, porque sou fraco; sara-me, SENHOR, porque
os meus ossos estão perturbados (Sl 06:02). É isso que Uzias deveria ter feito
e o que nós também devemos fazer. Reconheçamos a nossa situação diante do
Senhor. Sejamos sinceros com Ele e contemos que somos fracos, não conseguimos
resistir às tentações, às propostas que se apresentam diante de nós para o
pecado. Temos que ser honestos com o Senhor para que nada nos separe de Seu
amor, pois sem sinceridade em nossos corações, não há como o Senhor agir em
nossas vidas.
Portanto, não fiquemos nervosos ou indignados quando uma Palavra nos
“bater” em relação ao algo que fazemos que é contrário à Palavra de Deus, assim
como fez o rei Uzias, ao invés disso, fiquemos felizes, pois essa é uma clara
demonstração que o Senhor nos ama e quer o melhor para cada um de nós, porque o
SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem
(Pv 03:12). Ao lado do Senhor, estará alegre o nosso coração e se regozija a
nossa glória; também a nossa carne repousará segura. Pois não deixarás a nossa
alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção (Sl 16:09-10).
Além disso, Ele nos fará ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de
alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente (Sl 16:11). Não deixemos
que nada nos separe do amor de Deus. Muito obrigado Senhor
por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!