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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Temos que estar em pé quando vier a adversidade.



Versículos: Js 07:10-12, II Cr 20:01-03, Pv 28:13-14, Ez 02:01, Mc 10:49-50, Lc 13:10-11; 22:39-46, At 16:16-18.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 20/12/2013
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).


E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo (Ez 02:01).

Muitas pessoas que servem ao Senhor Deus, infelizmente, buscam a Sua ajuda somente quando a adversidade está muito forte, ou já se instalou de vez nas vidas delas, ou seja, quando já estão prostradas diante de algum infortúnio que as atingem. Não podemos deixar que a situação chegue a esse ponto, ao contrário, temos que buscar a ajuda do Senhor em todo o tempo. Como temos estudado algumas vezes, é necessário que estejamos em pé, espiritualmente falando, diante do Senhor para que possamos ouvir e entender a Sua voz, o Seu recado recebido através de Sua Palavra, afinal, nós já aprendemos que prostrados, de cabeça baixa e sujeitos a qualquer tipo de interferência, que não a do Senhor Deus, nada poderemos fazer.

E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram. E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação (Lc 22:39-40).

Jesus mandou os discípulos orarem para não entrarem em tentação. O recado é o mesmo para todos nós. Devemos seguir essa orientação do Senhor, pois não sabemos quando virá a investida do inimigo em nossas vidas, afinal, se o dono da casa soubesse a que hora da noite o ladrão viria, ele ficaria de guarda e não deixaria que a sua casa fosse arrombada (Mt 24:43 – NVI). Ela fatalmente virá, pois Jesus nos disse que no mundo teríamos aflições (Jo 16:33), no entanto, para aqueles que oram antes dessa tentação, o inimigo os encontra fortalecidos no Senhor e na Palavra o que significa, para o diabo, que essa batalha já estará perdida.

E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22:41-42). A vontade de Jesus, enquanto um homem como qualquer um de nós o é, era de que aquilo que se aproximava (a crucificação) fosse afastado dele, mas como servo do Senhor, Ele colocou a vontade de Deus acima da Sua.

E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia (Lc 22:41-43). Quando nos colocamos diante do Senhor, antes mesmo que a tentação se faça presente, o Senhor manda um anjo (não necessariamente a figura de um anjo, mas uma Palavra, um hino, uma mensagem, etc) que nos fortalece para enfrentarmos o problema que virá. Agora, por que Jesus apartou-se deles para orar?

Porque a Palavra nos diz: andarão dois juntos, se não estiverem de acordo (Am 03:03)? Como poderia o Senhor orar junto aos discípulos que, conforme vimos na resposta de Pedro que contra-argumentou o Senhor, não estavam em um mesmo espírito que Ele?

Eis mais um recado do Senhor para nós. Quando formos orar, eventualmente e conforme orientações que o Senhor nos passar, talvez tenhamos que nos “afastar” um pouco daqueles que possam atrapalhar essa busca pelo Senhor. Por exemplo, se estivermos orando em busca de uma cura, talvez tenhamos que nos afastarmos daquele amigo que diz que “não adianta mais fazermos isso, afinal, a doença já se espalhou por nosso corpo”.

E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza (Lc 22:44-45). Se nós não oramos, quando o inimigo faz sua investida contra nós, nos encontra dormindo de tristeza, isso é, totalmente alheios à Palavra e à Presença de Deus em nossas vidas, o que nos torna uma presa fácil para ele. Aquele que dorme é uma vítima fácil para qualquer ladrão, pois está totalmente fora de si, distante da realidade. O mesmo acontece em nossa vida espiritual.

E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação (Lc 22:46). Se observarmos bem, veremos que o versículo 46 é bem parecido com o 40. A diferença é que, no último, Jesus disse para os discípulos se levantarem. A oração faz isso conosco, pois ela nos levanta e nos coloca despertos para os ataques do inimigo, o que anula o “efeito surpresa” de suas investidas. A oração levanta todos nós que a fizermos, independentemente do “estado” que estejamos (início da tentação, já sendo atacados por ela, etc).

Uma outra passagem que fundamenta bem esse conceito é uma ocorrida com o rei Josafá. Depois disso, os moabitas e os amonitas, com alguns dos meunitas, entraram em guerra contra Josafá (II Cr 20:01 – NVI). Depois disso o que? Josafá havia feito uma aliança com o rei Acabe para entrar em uma guerra sem consultar a Deus. Foi então que o profeta Jeú o repreendeu. Josafá então se arrependeu e tornou a voltar seus caminhos ao Senhor.

Então informaram a Josafá: "Um exército enorme vem contra ti de Edom, do outro lado do mar Morto. Já está em Hazazom-Tamar, isto é, En-Gedi" (II Cr 20:02 – NVI). Isso pode acontecer conosco também. O certo é que nunca erremos, mas, se tivermos cometido um erro, imediatamente devemos ir ao Senhor e pedir Seu perdão para a nossa transgressão. Justamente após esse passo, o inimigo pode se levantar com grande adversidade para tentar nos tirar da Presença do Senhor, dizendo que como pecamos, não temos mais direito ao perdão Divino. Não deixemos que ele nos engane, falando que não há mais saída para nós, afinal, se confessamos os nossos erros ao Senhor e pedimos verdadeiramente e de coração o Seu perdão, para o Ele, trata-se de um pecado inexistente.

Alarmado, Josafá decidiu consultar o Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá (II Cr 20:03 – NVI). Esse ponto mostra que o rei não estava totalmente voltado ao Senhor, pois ele se alarmou, temeu diante da notícia. Ora, aquele que tem a sua Fé fundamentada no Senhor, não teme as investidas do inimigo, já que há que o Senhor está ao seu lado na batalha. Davi disse algo que ilustra bem isso, quando declarou que o SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei (Sl 72:01)? O apóstolo Paulo também fala algo relacionado quando diz que o Senhor é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem (Hb 13:06).

?" O Senhor disse a Josué: "Levante-se! Por que você está aí prostrado? Israel pecou. Violaram a aliança que eu lhes ordenei. Eles se apossaram de coisas consagradas, roubaram-nas, esconderam-nas, e as colocaram junto de seus bens. Por isso os israelitas não conseguem resistir aos inimigos; fogem deles porque se tornaram merecedores da sua destruição. Não estarei mais com vocês, se não destruírem do meio de vocês o que foi consagrado à destruição (Js 07:10-12 – NVI).

Israel se levantou em batalha contra a pequena cidade de Ai, todavia, perdeu o combate, pois, na batalha contra Jericó, um de seus homens transgrediu a Ordem do Senhor de destruir tudo o lá estava, apossando-se de algumas coisas e acendendo a ira do Senhor contra os israelitas.

O recado do Senhor dado aos israelitas através dessa passagem também serve para nós. Não adianta ficarmos prostrados diante da situação, precisamos nos levantar e tirar do meio de nós aquilo que está errado, o nosso pecado, pois se não fizermos isso, não resistiremos aos nossos inimigos e seremos destruídos, pois o Senhor não estará no meio de nós, conosco. A Palavra é muito clara e diz que quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça (Pv 28:13-14 – NVI).

A passagem ocorrida com o cego Bartimeu, também nos mostra isso. E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus (Mc 10:49-50). Ao ser chamado pelo Mestre ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus. Qual é a nossa capa? Precisamos lançá-la fora, seja ela algo mais sério como o adultério, a fornicação, o desvio de verbas, as drogas, a bebida, dentre outras, ou ainda uma mágoa de alguém, um ódio, um ressentimento, o desejo que alguém sofra por algo que ela nos passar, etc. Ora, mas é algo muito difícil de se fazer! É difícil, mas necessário! Peçamos orientação a Deus de como fazermos isso e assim seja feito.

Por mais difícil e complicado que possa parecer abandonarmos um vício (em drogas, em álcool, em pornografia, em mentir, etc) uma vingança contra alguém que tenha nos prejudicado, o Senhor tem o Poder necessário para nos livrar dessa adversidade.

E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade (Lc 13:11-12). O Senhor Deus pode nos “endireitar” de qualquer vício. Basta confiarmos nEle, assim como fez aquela mulher.

Até mesmo um elogio pode ser uma adversidade mandada pelo inimigo. Certo dia, indo nós para o lugar de oração, encontramos uma escrava que tinha um espírito pelo qual predizia o futuro. Ela ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações. Essa moça seguia a Paulo e a nós, gritando: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo e lhes anunciam o caminho da salvação". Ela continuou fazendo isso por muitos dias. Finalmente, Paulo ficou indignado, voltou-se e disse ao espírito: "Em nome de Jesus Cristo eu lhe ordeno que saia dela!” No mesmo instante o espírito a deixou (At 16:16-18 – NVI). Essa passagem possui várias instruções para nós.

Notemos que, aparentemente, a mulher tomada por um espírito de adivinhação, exaltava a qualidade de servos do Senhor de Paulo e Silas. Tomemos muito cuidado com isso, pois essa pode ser a estratégia que o inimigo poderá usar para que a soberba entre no coração do homem (ou mulher) de Deus para conduzi-lo(a) à destruição, afinal a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv 16:18). Tomemos cuidado, visto que, atrás de um aparente “elogio”, pode estar armada a arapuca do inimigo.

Uma segunda lição é que Paulo possuía a capacidade de discernir a opressão da possessão, assim como Jesus, pois dirigiu-se ao espírito que oprimia àquela mulher e usou a procuração que vimos agora a pouco (o Nome de Jesus) para expulsá-lo.

Portanto, vimos que precisamos estar em pé diante da adversidade. Isso somente ocorre se começarmos a orar antes mesmo da tentação se manifestar em nossas vidas. Não que seja errado orarmos quando já estivermos caídos, ao contrário, temos que orar mais e mais nessa situação, porém, se tivéssemos começado antes, definitivamente não estaríamos na situação que, talvez, estejamos atravessando. Para todos nós que estamos sofrendo tentações, eis um momento muito propício para começarmos a orar.

Todavia, caso exista algo proibido presente em nossas vidas, devemos tirá-lo imediatamente, caso contrário, a derrota é certa em nossas empreitadas. Tiremos o nosso “anátema” para que o Senhor tenha liberdade de agir em nós. Façamos isso imediatamente. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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