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domingo, 6 de março de 2011

Precisamos de uma companhia de oração - 2º.


Versículos: Gn 02:18, Ex 17:08-13, II Cr 32:20-22, At 03:01-03; 16:19-26; 12:01-06, Mc 09:02; 14:32-33; 05:35-37, Ec 04:08-10.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local da pregação: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data: 05/03/2011
Referências Bibliográficas: Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional) 

E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele (Gn 02:18).

Quando estivermos em uma batalha, orando, buscando a Deus é muito importante ter alguém ao nosso lado para nos auxiliar, seja o cônjuge, um irmão da igreja que temos afinidade, um amigo de trabalho, etc. Sozinhos nós somos muito mais suscetíveis ao ataque do inimigo, entretanto, unidos somos mais fortes em oração, afinal é melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas, se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se (Ec 04:09-10 – NVI)!

A Palavra nos mostra uma série de exemplos de como uma companhia é importante em um momento de auxílio ou adversidade, como quando veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim. Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão. E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; mas Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro. E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pós (Ex 17:08-12). Arão e Hur auxiliaram Moisés a manter as mãos erguidas e um companheiro de oração pode nos auxiliar a ficar em pé diante de uma adversidade.

Quando Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá e sitiou as cidades fortes para tomá-las (II Cr 32), porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada (II Cr 32:20-21 – NVI). Novamente duas pessoas estavam unidas em oração com um objetivo em comum, o que proporcionou a elas a vitória na batalha.

Outro exemplo de unidade na oração dos filhos de Deus foi quando Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um homem que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola (At 03:01-03). Notemos que dentre outros ensinamentos que temos nessa passagem, vemos que eles iam orar juntos, em uma hora separada para a oração e que estavam entrando no templo, não ficando à porta como o aleijado.

Paulo e Silas encontraram uma jovem com espírito de adivinhação que dava lucro aos seus senhores. Ela os seguiu por muitos dias e clamando palavras de aparente “exortação” ao Senhor Deus e aos apóstolos. Então Paulo, perturbado por aquilo expulsou aquele espírito em Nome de Jesus e esse saiu dela (At 16:16-18). E, vendo seus senhores que a esperança do seu lucro estava perdida, prenderam Paulo e Silas, e os levaram à praça, à presença dos magistrados. E, apresentando-os aos magistrados, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbaram a nossa cidade, e nos expõem costumes que não nos é lícito receber nem praticar, visto que somos romanos. E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança, o qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam. E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos (At 16:19-26).

Mesmo diante das adversidades, diante de uma prisão, onde aparentemente não havia saída, uma segurança reforçada sobre eles, os dois juntos – não separadamente – louvavam ao Senhor, então, o mover de Deus se fez presente e os libertou daquele lugar.    

Uma determinada época, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar, e matou à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa. Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. E quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão (At 12:01-06).

Notemos que as situações de Paulo, Silas e Pedro eram aparentemente iguais, entretanto há algo diferente em relação ao comportamento dos três: enquanto Paulo e Silas estavam acordados e louvando a Deus, Pedro que estava sozinho dormia. Embora ele tenha sido liberto também, observemos que a igreja (um conjunto de pessoas, não uma só isolada) fez continua oração por ele. Precisamos de alguém ao nosso lado para nos dar um “cutucão” para acordarmos, pois o sono, o cansaço, o desânimo em alguns momentos são inevitáveis em uma batalha, por isso é melhor serem dois do que um.   

Não bastassem esses exemplos, a Palavra nos trás mais uma pessoa, de extrema importância para todos nós, que possuía suas companhias para a oração: Jesus. Ele tomou consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou sós, em particular, a um alto monte; e transfigurou-se diante deles (Mc 09:02). Em outra passagem, Jesus e seus discípulos foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro. E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se (Mc 14:32-33).

Em uma outra passagem, quando Jesus ia casa de Jairo porque sua filha estava morrendo, ao passar por uma grande multidão, uma mulher que sofria de hemorragia havia doze anos e, ao tocar em Jesus ficara curada. O Senhor voltou para procurar quem o havia tocado. A mulher então se apresentou, contou-Lhe toda a verdade e Ele estava falando com ela (Mc 05:22- 34). Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente. E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago (Mc 05:35-37). Esses três discípulos eram os “queridinhos” de Jesus? Não, esses eram, provavelmente, os mais próximos, íntimos de Jesus, os que sempre oravam com Ele, então O acompanhavam para toda a parte. Nós também temos os nossos amigos mais íntimos, mais chegados, assim como Ele também, mas o importante é que eles eram parceiros de oração do Senhor.

Logo, não é bom que entremos nas batalhas, nos desafios, ou que façamos as coisas sozinhas, pois podemos simplesmente “dormir” durante o confronto. Diferentemente da opinião de muitos que pensam que são auto-suficientes, somos seres sociais, que dependemos de relacionamentos para nos desenvolver, tanto aqui na Terra (relacionamentos de trabalho, conjugal, sociedade, etc), quanto no campo espiritual, uma vez que o próprio Senhor Deus disse que não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele (Gn 02:18). Se somos parte de uma igreja, que é o corpo de Cristo, sendo Ele a cabeça (Cl 01:18 e Ef 05:23), como ficaria um corpo sem um de seus membros? O que seria dos pés sem as pernas? Dos braços sem as mãos?

Mesmo que aparentemente não tenhamos alguém para ser nosso ajudador, nosso companheiro de oração, nossos parentes, cônjuge, companheiros de trabalho, vizinhos, ninguém do nosso convívio social ainda é e Jesus, devemos saber que temos sim alguém para ser nosso companheiro de oração, o Jesus, pois o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito (I Co 06:17).

A Palavra diz que havia um homem totalmente solitário; não tinha filho nem irmão. Trabalhava sem parar! Contudo, os seus olhos não se satisfaziam com a sua riqueza. Ele sequer perguntava: "Para quem estou trabalhando tanto, e por que razão deixo de me divertir? " Isso também é absurdo. É um trabalho muito ingrato (Ec 04:08 – NVI). Muitas pessoas têm essa realidade, trabalham muito, juntam riquezas e não tem herdeiros para deixar. No mundo espiritual acontece o mesmo, recebem muitas Palavras, têm muitas Revelações e não deixam nada para ninguém, e o que deveria acontecer é exatamente ao contrário.

Diferentemente da escola grega, onde o aluno não supera o mestre, a escola judaica tem como princípio a superação do mestre pelo aluno e isso fica muito claro na passagem em que Jesus diz que aquele que crê nEle fará as mesmas obras que Ele fazia e as fará ainda maiores (Jo 14:12). Quem sabe esse irmão (ã) que precisa de nossa ajuda em oração, das Revelações que Deus nos dá, que é a nossa companhia de oração, não se tornará em um grande homem (ou mulher) de Deus que fará muito mais que nós pela Obra de Deus. Ainda que não sejamos reconhecidos por isso aqui nesse mundo, o que é totalmente desnecessário, o nosso galardão será muito maior nos céus.    

Retomando mais uma vez, precisamos de alguém para nos auxiliar em nossas orações, batalhas e lutas. Quando Arão e Hur seguraram as mãos de Moisés na luta contra os amalequitas, assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada (Ex 17:13). Enquanto tiver alguém “segurando nossas mãos” o inferno não prevalecerá contra nós e o inimigo sairá derrotado. Obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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