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domingo, 19 de junho de 2011

A benção depende de nós.


Versículos: Gn 01:01-04; 14-16, Ez 37:01-13, Mt 12:37, Lc 04:38, Sl 93:03-04; 112:04, Jo 01:05; 08:12.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 17/06/2011
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional)

No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas (Gn 01:01-04).

Essa era a imagem de muitos de nós quando conhecemos Jesus: sem forma, vazios e cheios de trevas, mas, mesmo na situação em que nos encontrávamos, o Senhor já olhava por nós, Seu Espírito se movia sobre nós, caso contrário, já não pertenceríamos mais a esse mundo. Eis que em um dia, em uma determinada situação, ouvimos alguém falar de Jesus para nós e, a partir daquele momento, houve luz em nossas vidas.

O que ocorre é que muitos pensam que simplesmente por seguirem a Jesus, nunca mais haverá trevas sobre suas vidas, o que não é verdade. Cabe a cada um de nós examinarmos a nós mesmos (I Co 11:28) se não estamos novamente voltando para as trevas ou já imersos novamente nela, caso isso esteja acontecendo, basta uma palavra nossa, baseada na Palavra do Senhor, para mudar essa situação. Ainda assim, em meio às trevas, o Senhor que é misericordioso (Sl 103:08) mandará uma Palavra com o Poder necessário para nos ajudar.

Mas como uma palavra nossa baseada na Palavra do Senhor? Afinal é a nossa palavra ou A do Senhor? A palavra que executa a ação é a nossa, afinal o Senhor diz que por nossas palavras seremos absolvidos, e por nossas palavras seremos condenados (Mt 12:37 – NVI). Jesus também nos mostra isso na cura da sogra de Pedro quando, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. E ela, levantando-se logo, servia-os (Lc 04:39). Foi a palavra de Jesus que executou a cura. Uma passagem que ocorreu com Ezequiel nos ajudará a esclarecer isso.

A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos. Ele me levou de um lado para outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos estavam muito secos. Ele me perguntou: "Filho do homem, esses ossos poderão tornar a viver? " Eu respondi: "Ó Soberano Senhor, só tu o sabes”. Então ele me disse: "Profetize a esses ossos e diga-lhes: ‘Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Soberano Senhor a estes ossos: Farei um espírito entrar em vocês, e vocês terão vida. Porei tendões em vocês e farei aparecer carne sobre vocês e os cobrirei com pele; porei um espírito em vocês, e vocês terão vida. Então vocês saberão que eu sou o Senhor’”. E eu profetizei conforme a ordem recebida. E, enquanto profetizava, houve um barulho, um som de chocalho, e os ossos se juntaram, osso com osso. Olhei, e os ossos foram cobertos de tendões e de carne, e depois de pele, mas não havia espírito neles (Ez 37:01-08 – NVI).

Notemos que foi a palavra de Ezequiel, baseada nas ordens do Senhor, que executava a ação, mesmo em meio aos ossos secos (morte, trevas). Talvez esse seja o nosso problema. Pode ser que estejamos suplicando ou “esmolando” do Senhor uma cura, uma libertação, uma mudança, enquanto que Ele nos diz para executarmos a ação, afinal, a Palavra necessária já nos foi dada. Qualquer situação que estejamos passando, seja ela qual for, dentro da Palavra há uma saída, cabe a nós procurá-la e botá-la em prática.

Um segundo aspecto que devemos notar nessa passagem é que, enquanto Ezequiel profetizava houve um barulho, o que pode acontecer conosco também. O inimigo sabe que, naquele momento, há um mover de Deus em nossas vidas e, como ele não quer nos perder, vai tentar nos amedrontar com um “contra-ataque”, mas, conforme diz o salmista, as águas se levantaram, Senhor, as águas levantaram a voz; as águas levantaram seu bramido. Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas, mais poderoso do que as ondas do mar é o Senhor nas alturas (Sl 93:03-04 – NVI). Não importa o quão barulhento seja o inferno, não podemos ter medo, pois, maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I Jo 04:04).

Um terceiro aspecto é que, ao profetizar, os ossos foram cobertos por tendões, carnes e depois por pele, tudo em ordem, porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz (I Co 14:33a). Alguns podem pensar que, pura e simplesmente, todos que profetizarem a cura ou a riqueza, por exemplo, imediatamente isso acontecerá, o que não é por aí, tudo ocorrerá passo a passo. É impossível alimentar um recém-nascido com uma comida gordurosa, seu organismo tem de se adaptar aos poucos e o mesmo serve para a Palavra. De que adianta alguém se tornar rico e não ter a estrutura espiritual necessária para isso? Inicialmente teremos paz, tomaremos conhecimento da Palavra, seremos revestidos de poder e então ganharemos “corpo” espiritual para partirmos para o combate, em busca da vitória que pleiteamos, tudo ao seu tempo.

A seguir ele me disse: "Profetize ao espírito; profetize, filho do homem, e diga-lhe: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Venha desde os quatro ventos, ó espírito, e sopre dentro desses mortos, para que vivam’". Profetizei conforme a ordem recebida, e o espírito entrou neles; eles receberam vida e se puseram de pé. Era um exército enorme! Então ele me disse: "Filho do homem, esses ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: ‘Nossos ossos se secaram e nossa esperança se foi; fomos exterminados’. Por isso profetize e diga-lhes: ‘Assim diz o Soberano Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei vocês de volta à terra de Israel. E, quando eu abrir os seus túmulos e os fizer sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor’” (Ez 37:09-13 – NVI).

De nada nos adiantará ser alguém com estrutura física completa (finanças, bons relacionamentos pessoais, bom emprego, reconhecimento, etc) se não tivermos o Espírito de Deus, estaremos mortos. Se este é o nosso caso, profetizemos que o Espírito venha dos quatro cantos e entre em nós para que tenhamos vida.

Mesmo em meio à morte, diante de e através da ação de Ezequias, o Senhor executou maravilhas, isso porque a luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram (Jo 01:05). Se alguém entre nós está atravessando um momento complicado, onde aparentemente as trevas estão tomando conta de tudo, não deve se preocupar ou desistir, uma vez que aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo (Sl 112:04). E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas (Gn 01:14-16). Ou seja, o Senhor fez o que rege o dia é maior do que o da noite, além de colocar as estrelas para iluminar a quem precise mesmo durante a escuridão, oh Aleluia!

A benção depende de nós, basta uma palavra nossa, baseada na Palavra do Senhor, para que as coisas aconteçam. O sujeito ativo da ação somos nós. Ainda que estejamos em trevas, há uma saída, para nos iluminar: o Senhor Jesus, que á a luz do mundo; quem O segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida (Jo 08:12). Obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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