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domingo, 7 de julho de 2013

Não questionemos a forma de Deus operar.



Versículos: II Rs 05:01-14, Mc 08:22-25, Jo 09:01-07 e At 19:11-12.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 05/07/2013
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).



Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo, de modo que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os enfermos. Estes eram curados de suas doenças, e os espíritos malignos saíam deles (At 19:11-12 – NVI).

Por ser Deus, o Senhor pode operar da maneira que Ele quiser, e não da que nós queiramos. Ou seja, para alguns de nós, o milagre do Senhor pode vir de maneira “normal”, ou seja, através de uma Palavra que salta aos nossos olhos, através de uma mensagem que fala exatamente o que precisamos ouvir, de uma estrofe de um hino, através da leitura do Santo Livro após uma oração, etc. Porém, para outras pessoas, o milagre pode vir de maneira extraordinária. No caso de Paulo, lenços e aventais eram levados, colocados sobre os enfermos e estes ficavam curados e libertos da opressão maligna que sofriam.

Infelizmente, algumas pessoas que freqüentam uma igreja, não entendem quando o homem (ou a mulher) de Deus que dirige aquela congregação, tocado pelo Espírito Santo, lança uma campanha, por exemplo, entregando uma flor simbolizando o amor de Deus para a nossa casa, uma bala para ser levada a um viciado, um lenço com uma oração de libertação, um copo de água consagrado ao Senhor para uma cura, etc. Essas pessoas, ao invés de se unirem àqueles que estão capitaneando essa campanha (líderes, presbíteros, diáconos, levitas, bispos, auxiliares, etc), os criticam e até mesmo atribuem outros “nomes” a esse tipo de situação, como, por exemplo, “macumba evangélica”. Pobre dessas pessoas, ao invés de participarem com todo o coração desses milagres que resultaram dessa orientação divina, talvez perderão a oportunidade de serem libertas, curadas, modificadas e, até mesmo, salvas. Ora, se o Senhor orientou alguém a proceder dessa maneira, é porque Ele quer operara dessa forma, pois, como já dissemos, Ele é o Senhor e não nós que somos.

Vejamos, na Palavra, uma pessoa que operou milagres de maneiras extraordinárias, não convencionais, fora do comum: o Senhor Jesus.

E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo (Jo 09:01-05). Nessa passagem há uma série de ensinamentos que não são o foco da mensagem e que serão estudados e aprendidos oportunamente.

Prossigamos então. Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo (Jo 09:06-07).

Já imaginaram se Jesus (ou um pregador do Evangelho) fizesse isso hoje? Cuspir no chão, com a saliva fazer lodo e aplicá-lo sobre os olhos de alguém? No mínimo chamariam o Mestre de “porco”. Outros diriam: “Mas que homem mais nojento”. Porém, aquela foi a maneira que Jesus operou na vida daquele homem. Quem somos nós para julgarmos a forma que o Senhor quer operar? Ele é Deus e nós servos, portanto, quem define as cosias é Ele.

Vejamos mais um exemplo de Jesus operando de maneira extraordinária. Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele. Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado. Depois de cuspir nos olhos do homem e impor-lhe as mãos, Jesus perguntou: "Você está vendo alguma coisa?" Ele levantou os olhos e disse: "Vejo pessoas; elas parecem árvores andando". Mais uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente (Mc 08:22-25 – NVI).

Outra vez Jesus utilizou-se de saliva para curar a vista de uma pessoa, e dessa vez, fez algo “pior”, pois cuspiu diretamente nos olhos do homem. Muitas pessoas pensariam dessa forma, não é mesmo? Todavia, reitero aquilo que foi escrito logo acima: Quem somos nós para julgarmos a forma que o Senhor quer operar? Ele é Deus e nós servos. Caso alguém seja orientado pelo Senhor a agir de uma maneira fora do convencional, não critiquemos e aceitemos a orientação dada pelo Senhor Deus àquela pessoa.

Vamos ver agora um exemplo de alguém que quase perdeu sua benção por questionar a maneira do Senhor operar: o capitão Naamã.

E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu SENHOR, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso (II Rs 05:01). Naamã era um retrato de muitas pessoas que são de Jesus. Embora sejam homens e mulheres de Deus, utilizados(as) por Ele para uma série de atribuições, pessoas valorosas, porém, há uma “lepra” (um ódio, um ressentimento, um desejo de vingança, o gosto por algum pecado que ninguém sabe, etc) em suas vidas.

E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra (II Rs 05:02-03). Que menina mais extraordinária essa. Ao invés de revoltar-se contra aqueles que a tiraram de sua família, a levaram cativa e a fizeram serva, ela mostrou que realmente servia a Deus porque mostrou a saída para o sofrimento do capitão. Assim deve ser o comportamento de todos aqueles que servem a Deus. Nada de vingança contra alguém que os fez algo de errado deve fazer parte de suas vidas, ao contrário, a busca pelo perdão do Senhor para aquela vida deve ser algo enraizado em seus corações.

Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel. Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas. E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta, saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra (II Rs 05:04-06). Aqui faremos mais uma pausa para estudar dois erros a serem observados.

Primeiramente, o rei da Assíria mandou uma carta para o de Israel curar Naamã da lepra. As pessoas têm que tomar cuidado para não cometer o mesmo erro. Ao invés de buscarem a solução dos seus problemas no Senhor, elas passam a buscar isso na Igreja “A”, no pastor “B”, no bispo “C”, etc. Todos têm que tomar cuidado para não atribuir a manifestação da benção ao operador errado, em outras palavras, atribuírem o milagre a alguém ou a alguma denominação, enquanto deveriam atribuí-la ao Senhor. Bendito seja o SENHOR Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas (Sl 72:18).

Um segundo erro é que ele, o rei da Assíria, mandou dinheiro para que a cura fosse manifesta. Outra coisa que se deve ter cuidado: não achar que Deus é mercenário e que só se manifesta quando pago por isso. O Senhor é o dono do ouro e da prata desse mundo, logo, não precisa deles. Algumas pessoas, infelizmente, ainda têm esse entendimento equivocado e atribui a sua benção a uma doação feita para Deus. Quem age dessa forma para nos enganar é o diabo e não o Senhor Deus. Portanto, muito cuidado.

E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes, e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim um homem, para que eu o cure da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim. Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel (II Rs 05:07-08). Como é bom estar ligado com Deus. O rei de Israel não entendeu nada, mas como Eliseu era um homem de Deus, aproveitou a oportunidade para mostrar diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve a Deus, e o que não o serve. (Ml 03:18).

Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu. Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado. Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, por-se-á em pé, invocará o nome do SENHOR seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso. Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E voltou-se, e se foi com indignação (II Rs 05:12). Nesse momento, a cura de Naamã esteve por um fio de não ser concretizada, pois ele queria que o homem de Deus agisse de acordo com o seu entendimento e não conforme as orientações que, certamente, o Senhor havia dado a ele.

Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado (II Rs 05:13). Aqueles servos agiram como homens de Deus, e a Palavra diz que bem-aventurados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus (Mt 05:09), pois poderiam ter instigado o capitão a levar cativo o profeta ou até mesmo matá-lo. Porém, eles preferiram insistir com o capitão para que ele fizesse conforme a orientação recebida.

Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado (II Rs 05:14). Naamã não somente foi curado, como teve sua carne restaurada como a de um menino. Por ser um homem com uma alta patente, usado pelo Senhor para dar livramento aos sírios, ou seja, experimentado em combate, experiente em guerras, Naamã deveria ter algo em torno de 50 ou 60 anos de idade. A carne de alguém dessa idade não é igual à de alguém com 20 anos. Todavia, a de Naamã foi restaurada dessa forma, pois o Senhor é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (Ef 03:20).


Assim sendo, não devemos questionar os meios que o Senhor usar para nos entregar um milagre, seja das maneiras convencionais, seja de maneiras extraordinárias. Ao invés de criticarmos alguém por isso, agradeçamos ao Senhor pelo Seu imenso amor e misericórdia, que nos permitiu alcançar todas as nossas bênçãos, da maneira que Ele achou que deveriam ocorrer. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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