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domingo, 6 de janeiro de 2013

Saiamos da caverna.



Versículos: I Rs 19:09-15 e Pv 13:04.
Pregador: Miss. R.R. Soares
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 04/01/2013
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).


Ali entrou numa caverna e passou a noite. E a palavra do Senhor veio a ele: "O que você está fazendo aqui, Elias?” (I Rs 19:09 – NVI).

Assim como Elias, que indiscutivelmente foi um grande homem de Deus, muitos de nós temos entrado numa caverna e passado a noite ali. Mas como assim em uma caverna?

Caverna é um local onde, usualmente, se abrigam os animais peçonhentos, avessos à luz e que saem à caça apenas durante a escuridão da noite. O mesmo acontece no mundo espiritual. A caverna, para alguns, é um pecado, para outros uma doença, etc, ou seja, cada um de nós pode ter “uma caverna” diferente.

Independentemente de qual seja a nossa, o recado do Senhor para nós é o mesmo que Ele entregou a Elias: “O que você está fazendo aqui, nesse pecado, nessa depressão, nessa desonestidade, nesse ódio, nessa mágoa, nesse ressentimento, nessa doença, etc?” O Senhor nos está chamando para sairmos de nossas cavernas, para longe das víboras (dos demônios que podem nos atacar a qualquer momento), da escuridão (das trevas) e para perto da Luz, do calor (Senhor), do mundo cheio de cores e vida que existe lá fora (o mundo da Palavra de Deus). Prestemos atenção a esse santo chamado do Pai.

E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem (I Rs 19:10). Elias, ao invés de saltar de alegria e sair correndo ao encontro do Senhor, ao contrário, começou a proferir uma “oração de lamento” ao Senhor. Talvez nós estejamos fazendo a mesma coisa. Ao invés de tomarmos posse daquela benção do Senhor para as nossas vidas, começamos as nos lamentar, nos fazermos de vítimas, de perseguidos, de incapazes, de “coitadinhos”.

Ao recebermos o chamado do Senhor para irmos para fora de nossas cavernas, alguns de nós, começamos a mesma “ladainha” tal qual Elias: “Senhor, eu sei o que a Sua Palavra fala, que Ela quer me livrar desse pecado, mas ele é muito poderoso, não tenho condições de me livrar dele, já tentei, porém não consegui, etc.” Outros ainda podem dizer: “Eu sei Senhor que tenho que perdoar minha nora (meu genro), minha cunhada (meu cunhado), etc, mas ela(e) me fez sofrer muito. Só eu sei o que passei na mão daquela pessoa.”

Então quer dizer que o pecado é mais poderoso que o Senhor? Claro que não. Algumas pessoas não saem da caverna por puro comodismo, preguiça. Alguém pode dizer: “Mas que absurdo! Como pode alguém dizer isso? Quer dizer que eu não saio do pecado porque sou preguiçoso(a)?”

É exatamente isso. Para alguns, a libertação de um pecado pode levar algum tempo de leitura da Palavra, de oração ao Senhor, de conversa com quem foi ofendido por nós, etc. Porém, “isso vai dar muito trabalho, vai me tomar um tempo que eu não tenho, vou ter que conversar com aquela pessoa desagradável, etc, etc, etc”. Mas, para assistirmos uma partida de futebol inteira que tem mais de 1h30m, um capítulo de uma novela imunda que tem 1h00m, conversarmos no portão com um vizinho por mais de 30m, etc, para tudo isso arrumamos tempo, não é verdade?

Obviamente que queremos nos livrar do pecado, mas “sem ter nenhum trabalho”, o que é impossível. A Palavra de Deus diz que o preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos (Pv 13:04 – NVI). O diligente é aquele que busca sempre comunhão com o Senhor, ora a Deus sempre, lê a Palavra sempre que possível e busca das mais diversas formas se alimentar da Palavra, ou seja, não é preguiçoso e diz a Palavra que esse sim, consegue tudo aquilo que precisa.

Voltando então ao profeta Elias. O Senhor lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto (I Rs 19:11 – NVI).

O Senhor mandou Elias sair e ficar no monte, na presença dEle, pois Ele passaria. Oh irmãos, o Senhor fala o mesmo para nós hoje. Saiamos de nossas cavernas (nossos pecados) e fiquemos no monte, em Sua Presença (diante da Palavra de Deus e de tudo o que Ela nos ensina), pois, fatalmente, Ele vai passar (vai surgir uma Palavra que vai mudar as nossas histórias, vai mudar as nossas vidas). Oh, Aleluia, Glórias ao Senhor por isso, Santo Senhor digno de louvores! Saiamos de nossas cavernas, pois, o Senhor vai passar por nós e, escondidos lá dentro, não teremos condição de ver o Senhor passando. Ainda que Ele passe a um palmo de nossas faces, na escuridão da caverna não teremos condições de enxergá-lO, de vê-lO.

E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada (I Rs 19:12). O Senhor não vem até nós de maneira ríspida, rude e avassaladora, mas de uma maneira tranqüila, suave e delicada.

E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei; e buscam a minha vida para ma tirarem (I Rs 19:13-14).

Elias não saiu totalmente da caverna, já que envolveu seu rosto e ficou à entrada dela. Alguns de nós fazemos a mesma coisa. Ao ouvirmos o chamado do Senhor, saímos de um determinado pecado, porém, não o tiramos efetivamente do coração, pois lá no fundo ele ainda fica guardado como “uma recordação” de algo que já nos foi prazeroso, nos trouxe alguma vantagem. Temos que abandonar o pecado inteiro e não só um pedaço dele.

O Senhor, movido por Seu imenso amor, mais uma vez chamou Elias para fora da caverna. Entretanto, ao invés de aproveitar a segunda chance que o Senhor o estava dando, Elias repetiu a mesma oração feita anteriormente. O que acabamos de falar a respeito da preguiça?

Se pegarmos a oração de alguns de nós feitas há alguns anos, talvez vejamos a mesma oração sendo repetida hoje, a mesma “ladainha”, afinal, “quem sabe se com a repetição exaustiva o Senhor não nos ouve”. Isso não pode acontecer. Alguns de nós não buscamos um avivamento espiritual constante, somos preguiçosos, não buscamos uma unção nova do Senhor permanentemente em nossas vidas, o que é um grande erro. A nossa vida espiritual é igual aos nossos corpos. Se não exercitarmos um determinado músculo por muito tempo, ele acaba atrofiando. Se não exercitarmos a nossa Fé constantemente, Ela também se atrofiará.

E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria (I Rs 19:15). O Senhor tinha uma missão muito importante para Elias, pois foi ungir um rei de um país estrangeiro. O Senhor tem uma missão muito importante para cada um de nós. Mas, para executá-la, temos que sair das nossas cavernas.


Portanto, saiamos hoje mesmo de nossas cavernas. Não nos acostumemos com a vida lá dentro, pois sofremos influencias diretas do ambiente em que vivemos. Dentro da caverna há uma série de animais peçonhentos e rastejantes (os demônios). Se lá dentro permanecermos, quando menos esperarmos, estaremos agindo igualmente a eles e achando que isso é algo totalmente normal. Não sejamos preguiçosos. Busquemos no Senhor um renovo para a nossa Fé, para as nossas vidas e saiamos imediatamente da caverna, pois Ele tem uma missão importante para cada um de nós. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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