Versículos II Rs 05:20-27, Mt 06:06 e Hb 04:13.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local:
Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 18/05/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).
Data 18/05/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).
Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai,
que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará (Mt 06:06
– NVI).
Como já vimos anteriormente, a oração não consiste em um monólogo nosso ao
Senhor Deus e a Seu Filho Jesus, mas em um diálogo onde nós falamos,
apresentamos nossos problemas a Eles e então recebemos as Suas respostas.
Entretanto, muitos de nós talvez estejamos orando nos enquadremos na primeira
hipótese: um monólogo, pois não temos ouvido as respostas dos Céus.
Pode ser que estejamos apenas fazendo a primeira parte do versículo,
orando, e estejamos esquecendo do restante da passagem que consiste em fechar a
porta. Muitos oramos, buscamos a Deus, porém deixamos uma porta aberta, por
onde o inimigo entra e nos causa uma “surdez espiritual”, que nos impede de
escutar a Voz do Senhor e que deve ser fechada. Alguns de nós, por exemplo,
mesmo freqüentando a igreja, ouvindo a Palavra, gostando do que estamos aprendendo,
já sentindo o toque de Deus, ainda assim, permanecemos no vício do cigarro, das
drogas, da bebida, etc. Devemos entrar em oração diante do Senhor, confessar
essa nossa transgressão e pedir que Ele coloque um nojo em nós dessas coisas do
inimigo.
Mas não se tratam apenas das coisas visíveis as quais o Senhor se refere,
mas também aquelas que não são vistas por outras pessoas, mas que Ele está
vendo, uma vez que nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo
está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar
contas (Hb 04:13 – NVI). Todos podem ver uma pessoa fumando, bebendo ou se
drogando, mas não conseguem ver outras portas que estão abertas e que o inimigo
aproveita como a ira, o ódio, o ressentimento, a raiva de alguém, o sentimento
de vingança, a mentira, o adultério mental (ou seja, pensar e nutrir
“fantasias” com outra pessoa que não nossos cônjuges), o desejo carnal e não
concretizado por outra pessoa do mesmo sexo, a desonestidade financeira, a
sonegação de impostos, etc.
Ainda que passemos por toda a nossa vida e ninguém descubra as coisas
erradas que fizemos, no dia do acerto de contas o Senhor vai escancarar tudo
isso a nosso respeito. Nesse momento, não adiantará mais clamarmos por
misericórdia ou socorro, a nossa sentença já estará definida. Vejamos um
exemplo prático que a Palavra nos trás.
Um breve resumo da passagem. Naamã, o capitão do grande e poderoso exército
sírio, havia contraído lepra. Uma das servas de sua esposa era uma menina
israelita que contou à sua senhora que em Israel teria um homem capaz de
curá-lo, o profeta Eliseu. O capitão foi falar com Eliseu que sequer o recebeu
e mandou que se banhasse no rio Jordão sete vezes. Naamã ficou um pouco arredio
à idéia, porém aceitou e foi curado de sua enfermidade. Este tentou pagar pela
benção, porém, Eliseu não quis.
Então Geazi, servo de Eliseu, homem de Deus, disse: Eis que meu senhor
poupou a este sírio Naamã, não recebendo da sua mão alguma coisa do que trazia;
porém, vive o SENHOR que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.
E foi Geazi a alcançar Naamã; e Naamã, vendo que corria atrás dele, desceu do
carro a encontrá-lo, e disse-lhe: Vai tudo bem? E ele disse: Tudo vai bem; meu
senhor me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois jovens dos filhos
dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas
mudas de roupas. E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com ele,
e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de roupas; e
pô-los sobre dois dos seus servos, os quais os levaram diante dele (II Rs
05:20-23).
Como a mente humana é perversa. Geazi inventou rapidamente uma estória para
levar os pertences do capitão. Infelizmente, isso tem se repetido com muitos de
nós, pois criamos as mais fantasiosas e absurdas estórias para justificar a
nossa ganância, os nossos erros. Misericórdia Senhor! Isso não pode acontecer.
E, chegando ele a certa altura, tomou-os das suas mãos, e os depositou na
casa; e despediu aqueles homens, e foram-se. Então ele entrou, e pôs-se diante
de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? E disse: Teu servo não
foi nem a uma nem a outra parte (II Rs 05:24-25). Será que Eliseu perguntava
todas as vezes onde Geazi ia? Obviamente que não. Essa pergunta do profeta foi
a chance que Geazi teve de cair na real, arrepender-se e pedir perdão pelo seu
erro, ou seja, foi a chance que Deus deu para ele. Não importa o quão grave
tenha sido o nosso erro, o Senhor, movido por Sua Misericórdia, sempre nos dará
uma chance para nos arrependermos de nossos erros.
Não adianta tentarmos esconder as nossas falhas, Deus sabe de tudo o que
fazemos ou pensamos no mais íntimo e escondido canto de nossos corações. Geazi,
porém, fez o que muitos de nós faríamos: mentiu, e com isso perdeu sua
oportunidade de salvação. Ora, se o Senhor está nos tocando e incomodando por
algo que já tenhamos feito, essa é o momento certo. Não devemos deixar para
depois, afinal, essa pode ser a nossa última chance de Salvação. Pensemos
nisso. Ele não aproveitou a sua oportunidade e o que aconteceu?
Porém ele lhe disse: Porventura não foi contigo o meu coração, quando
aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te? Era a ocasião para receberes
prata, e para tomares roupas, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e
servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para
sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve (II Rs 05:26-27).
Pois é, Geazi não aproveitou a oportunidade e ficou leproso. Isso é uma
representação do que acontecerá com quem encobre as suas transgressões: a
perdição e o sofrimento eterno. Mesmo ele fazendo todas essas coisas escondidas
de Eliseu, o Senhor viu tudo.
A Palavra é muito clara e diz que o que encobre as suas transgressões nunca
prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Pv 28:13).
Esconder as nossas transgressões do Senhor Deus é impossível. Se encobrirmos as
nossas transgressões, como é que queremos prosperidade em nossas vidas, se a
segunda depende da confissão dos pecados?
Portanto, sejamos transparentes em nossas vidas. Não deixemos nada,
visível ou não, escondido em nossos corações que sirva de munição para o
inimigo contra nós. Dessa forma teremos moral para olhar bem na cara do diabo e
exigir a sua saída de nossas vidas, pois não temos nenhuma parte com ele.
Então, não haverá outra saída para Ele senão colocar “o rabinho entre as pernas”
e sair de diante de nós. Não façamos como Geazi, que teve a sua oportunidade de
se acertar com o Senhor, mas preferiu permanecer na mentira. Façamos exata e totalmente
ao contrário. Esse é o momento certo de entrar na Presença do Senhor, pedir
perdão pelos nossos erros e pedir misericórdia sobre as nossas vidas. Não
esqueçamos da parte final do versículo base de nossa mensagem: fazendo tudo
isso, nosso Pai, que vê no secreto, nos recompensará. Oh Aleluia! Muito obrigado
Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!
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