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domingo, 22 de janeiro de 2012

Pode ser que dependa de nós.


Versículos Mc 07:24-30 e 09:14-29.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 21/01/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).

Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles. Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo. Perguntou Jesus: "O que vocês estão discutindo?" Um homem, no meio da multidão, respondeu: "Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram" (Mc 09:14-18 – NVI).

Infelizmente, essa é uma realidade a que muitas pessoas têm passado nos dias atuais: quando o inimigo o(a) apanha, joga a pessoa no chão e faz a pessoa sair de si própria (assim como o rapaz da passagem acima), os tão comuns “cinco minutos”. Para alguns, isso se traduz em uma irritabilidade muito forte e que, passados os primeiros instantes a pessoa retorna a si e envergonha-se do que fez ou falou. Para outras é a prostituição, quando a pessoa retorna a si, sente-se enojada por ter tido tal intimidade com alguém, outros com as drogas, outros ainda com o fanatismo religioso, dentre tantas outras situações.

Respondeu Jesus: "Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino". Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca (Mc 09:19-20 – NVI). Conosco pode ocorrer o mesmo, pois, quando o inimigo vê Jesus em nossas vidas, ele sabe que o seu reinado de trevas está com os dias contados, logo, ele pode partir para cima de nós com um ataque poderoso para nos fazer desistir de ter o Senhor Jesus em nossos corações.

Jesus perguntou ao pai do menino: "Há quanto tempo ele está assim?” "Desde a infância", respondeu ele. "Muitas vezes o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos” (Mc 09:21-22 – NVI). Será que Jesus não sabia das respostas que o homem daria? Claro que sim, afinal Ele era Deus, entretanto, aquela foi a chance que o Senhor deu àquele rapaz para que ele olhasse para trás e visse que o problema não estava nos discípulos, mas sim nele próprio.

"Se podes?", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê”. Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!" (Mc 09:23-24 – NVI). Jesus começou a conversar com aquele homem de modo a conduzi-lo a uma confissão de sua incredulidade. Quem sabe esse recado não seja para nós? Pode ser que uma série de homens e mulheres de Deus tenham orado por cada um de nós, mas isso de nada adiantou e nem vai adiantar, pois não é a igreja “A” ou a congregação “B” ou o pastor “C” que está sem o “fogo do Senhor” para derramar sobre nós, mas o problema está em nós mesmos, pois escondemos, por exemplo, uma mágoa em nosso coração, um desejo proibido, ou simplesmente não cremos verdadeiramente que o Senhor é Deus para se manifestar em nossas vidas, desse modo, o Senhor não pode operar maravilhas em nosso viver.

E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom. E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se; porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés. E esta mulher era grega, sirofenícia de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio. Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos (Mc 07:24-27).

Que palavra mais dura de Jesus para aquela mulher. Lembrando que ela era grega, o povo dotado da sabedoria na época de Jesus, e sirofenícia de nação, ou seja, descendente de pessoas corajosas, povo de combate e também dotado de grande capacidade, haja vista que o alfabeto fonético fenício é considerado o ancestral dos alfabetos modernos. Ora, sendo uma pessoa de tamanha capacidade, ao ouvir Jesus chamá-la de “cachorra” ela reagiu esbravejando, “jogando na cara” de Jesus a sua ascendência? Não, vejamos a seguir como ela conseguiu a sua benção.

Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído (Mc 07:28-30). Mas que mulher extraordinária. Ela soube se colocar no seu lugar e, por causa disso, teve a sua filha liberta. Oh meu irmão, minha irmã, quando a mensagem for aparentemente “agressiva”, não saiamos da Presença do Senhor abatidos, chateados, afinal a Palavra “nos ofendeu”. Não! Aquela Palavra mais “pesada” pode ser exatamente o que precisamos ouvir para nos fazer voltarmos à real e tomarmos consciência de quem somos. Às vezes essa aparente “ofensa” é necessária para pronunciarmos a palavra certa para que o nosso milagre ocorra.

Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: "Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele". O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, a ponto de muitos dizerem: "Ele morreu". Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé (Mc 09:25-27 – NVI). Jesus toma pela mão cada um de nós e nos ajuda a levantar, oh Aleluia. Não importa que a multidão olhe para alguém dentre nós e diga: “não há mais jeito, está morto (nossos sonhos, a cura de um parente, o casamento, o filho nas drogas, etc)”, Ele estará com a mão estendida para nos colocar em pé.

Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: "Por que não conseguimos expulsá-lo?" Ele respondeu: "Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum" (Mc 09:28-29 – NVI). O que Jesus disse, não significa que somente se orarmos e jejuarmos é que poderemos expulsar alguns tipos de demônios. O jejum deve ser feito quando sentimos que o Senhor está “longe”, que a carne está prevalecendo sobre o espírito. Se pegarmos o capítulo 9 (nove) do livro de Marcos, veremos que o Senhor estava no monte orando, ou seja, se aproximando de Deus. Ou seja, aquela espécie de demônio só sairia mediante um contato mais profundo, mais íntimo com Deus.

Portanto, pode ser que o nosso problema não dependa da oração de alguém, ou de alguma igreja, para ser resolvido, mas sim de nós mesmos para que o Senhor opere em nossas vidas. O mesmo serve para aquele irmão ou irmã que tem orado por alguém e não tem conseguido muitos progressos. Assim como Jesus fez, pode ser necessária uma conversa com a pessoa para conduzi-la à vitória. Pode ser que não seja nem um pecado, mas um entendimento errado que ela tenha da Palavra. Que o Senhor fale mais a cada coração. Obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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