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domingo, 15 de julho de 2012

Algo que sempre deveríamos fazer: Perguntar a Deus.


Versículos Gn 16:01-05; 16; 17:01-05; Jz 18:05-06; Pv 03:07; 14:12; Is 05:21 e 59:08-09.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 14/07/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).

Não conhecem o caminho da paz; não há justiça em suas veredas. Eles as transformaram em caminhos tortuosos; quem andar por eles não conhecerá a paz. Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança. Procuramos, mas tudo é trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas (Is 59:08-09 – NVI).

Os versículos acima descrevem aquilo que pode está ocorrendo com muitos dos Filhos de Deus: infelizmente, talvez estejamos andando em trevas. Ora, mas por que isso tem acontecido, afinal, estamos freqüentando a igreja, temos nos desviado do mal, não estamos em pecado e, ainda assim, isso está acontecendo? Talvez porque estejamos trilhando os nossos caminhos (que são tortuosos e não retos), nossas trilhas, nossos atalhos ao invés de seguir pelo caminho de paz, ou seja, o caminho que o Senhor quer que nos trilhemos, uma vez que, não devemos esquecer que Ele é o Senhor e nós servos.

Alguém pode dizer: “Ainda assim, eu não entendi”.Vamos a um exemplo então. Obviamente que não é errado trocar de emprego quando se recebe uma proposta mais vantajosa, entretanto, não devemos fazer isso sem consultar a Deus, o que freqüentemente ocorre. O mesmo é em relação a contrair matrimônio com alguém, pois o Senhor quer que todos encontrem a sua metade e vivam felizes para sempre, mas, da mesma forma, não devemos não devemos fazer isso sem consultar a Deus.

Quantos de nós fizemos o que acabamos de exemplificar e hoje estamos sem emprego, pois a empresa que pagava mais faliu, ou o nosso casamento está complicado porque ou a pessoa com quem casamos, simplesmente, mudou completamente de atitude? Tudo isso porque não questionamos ao Senhor em relação a atitude que deveríamos tomar, não perguntamos se esse era o plano dEle para as nossas vidas.  

Uma coisa deve ficar bem clara: “Já que estou em caminhos tortuosos porque casei com a pessoa errada, vou consertar me separando dela!” NÃO é isso que o Senhor quer que façamos. NÃO é a atitude certa diante dEle. O certo agora é entrar na Presença do Senhor e pedir que Ele transforme esse casamento em uma benção!

Retomando, então, o entendimento. Novamente explicando que não é errado casar-se com alguém, mudar para um emprego que pague mais, firmar uma sociedade com outra pessoa, etc. O errado é fazer isso sem consultar a Deus, pois há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte (Pv 14:12 – NVI). Nós costumamos consultar a Deus quando a proposta não é tão vantajosa, não é verdade? Porém, quando ela é boa, nós oramos para que o Senhor não deixe que nada dê errado, enquanto deveríamos orar para que Ele nos diga se aquele é ou não o Seu Plano para nós.

Vejamos, na Palavra, um exemplo de um homem que era muito de Deus, considerado o pai da Fé, o amigo de Deus (Tg 02:23) e que, por não ter consultado ao Senhor, pagou um alto preço por isso: Abraão.

Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai (Gn 16:01-02). Um entendimento errado leva a uma atitude equivocada. O Senhor não queria que Sarai tivesse um filho? Claro que queria, o que faltava era algo deles (do casal) para que isso ocorresse. Ao final do segundo versículo, vemos algo que é fundamental para compreendermos a mensagem, quando diz que Abrão ouviu a voz de Sarai. Abrão ouviu a voz de sua esposa e não a voz de Deus. Em momento nenhum ele consultou a Deus por aquele plano.

Uma outra coisa que deve ser destacada nesse ponto é que, para a época, como não havia a medicina atual, a serva de Abrão serviria apenas como “barriga de aluguel” para o seu filho e não como amante dele. Esse era o costume daquele povo, para aquele tempo, e não para os dias atuais. À época, um homem que tinha muitos filhos era um sinal de status na sociedade.

Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de Canaã. E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos. Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti (Gn 16:03-05). Por não ter consultado a Deus a respeito da Sua vontade para com eles, aquele casal que vivia em paz, naquele lar que era abençoado, entrou a discórdia, a intriga, em outras palavras, entraram as sombras densas. E isso tem se repetido hoje.

E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael. Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito (Gn 16:16 – 17:01). Por não consultar a Deus e seguir o Seu Plano para a sua vida, Abrão provou por treze anos o silêncio de Deus. E o que aconteceu na vida de Abrão durante todos esses anos? Não sabemos, pois a Palavra não fala. Treze anos de hiato com Deus por não consultar a Deus.

Talvez, alguém dentre nós, que já foi muito de Deus, tinha um relacionamento pessoal bem próximo com Ele, até mesmo já esteve face a face com o Senhor, também esteja provando o silêncio de Deus. Ele não fala mais, as orações não são mais respondidas, a Palavra não mais salta aos olhos, e tudo isso porque não O consultou por algo. Ao falar com Abrão, o Senhor diz a ele, em outras palavras, que Ele é o mesmo, que quem mudou foi Abrão, e que era ele andar segundo a Sua vontade (NVI) e não conforme a vontade pessoal dele.

E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações; e não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto (Gn 17:02-05). O Senhor tem para nós infinitamente mais do que pedimos ou pensamos. Se Abrão seguisse o caminho que o Senhor, ele não teria apenas um filho, como até então, mais seria pai de uma multidão de nações. Se nós seguirmos o Plano de Deus para as nossas vidas, não teremos apenas uma benção a ser recebida, mas uma infinidade a ser derramada sobre nós.

Mas ainda assim, mesmo com a misericórdia do Senhor sobre a sua vida, não podemos esquecer que ela chegou depois de treze anos em sua vida. Mas o que Abrão deveria fazer? Então lhe disseram: Consulta a Deus, para que possamos saber se prosperará o caminho que seguimos (Jz 18:05). Naquela época somente o sacerdote falava com Deus, o que não acontece hoje, pois com a vinda do Senhor Jesus Cristo, temos, através dEle livre acesso ao Deus Pai, o que não acontecia à época.

Temos que consultar a Deus, em tudo o que formos fazer, exceto em relação a algo pecaminoso, pois esse não deve sequer ser permitido em nossos corações e em nossas mentes, quanto mais perguntar ao Senhor a respeito disso, pois pecado é pecado e ponto final. Mas em relação às decisões que devemos tomar, sempre devemos O consultar. E disse-lhes o sacerdote: Ide em paz; o caminho que seguis está perante o SENHOR (Jz 18:06). Se a resposta que obtivermos do Senhor for semelhante a essa, sigamos em frente, caso contrário, paremos imediatamente.

Dentro do coração alguém pode dizer: “Mas o meu conhecimento profissional (ou meus sentimentos) me permite ver que não há como isso dar errado! Tem tudo para dar certo!” Tem tudo para dar certo, exceto uma coisa: o Senhor Deus ao seu lado. Sem Ele, não adianta, tem tudo para dar certo, mas vai dar errado. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal (Pv 03:07).

O profeta Isaias fala algo semelhante a esse versículo, entretanto, com mais exortação: “Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes em sua própria opinião” (Is 05:21 – NVI). A interjeição “ai” do início do versículo exprime com energia os afetos do ânimo, ou seja, é uma espécie de julgamento das atitudes equivocadas tomadas por quem busca sua própria inteligência, sua própria opinião em detrimento à Vontade de Deus para nós.

Portanto, algo que sempre devemos fazer, mas muitas vezes não fazemos, é perguntar a Deus qual é a Sua Vontade, Seu Plano para nós diante de todas as decisões ou atitudes a serem tomadas por nós. Nessa mensagem vimos que, até mesmo Abraão, por não ter consultado ao Senhor sobre uma decisão, andou por caminhos tortuosos e por densas sombras. Caso isso também esteja acontecendo conosco, busquemos o perdão de Deus e peçamos para que Ele nos conduza novamente ao caminho de Paz, onde há justiça e a claridade proveniente da Luz da Palavra nos permita enxergar onde colocamos os nossos pés. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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