Versículos Gn 16:01-05; 16; 17:01-05; Jz 18:05-06; Pv 03:07;
14:12; Is 05:21 e 59:08-09.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local:
Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 14/07/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).
Data 14/07/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).
Não conhecem o caminho da paz; não há justiça em suas veredas. Eles as
transformaram em caminhos tortuosos; quem andar por eles não conhecerá a paz.
Por isso a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança. Procuramos,
mas tudo é trevas; buscamos claridade, mas andamos em sombras densas (Is
59:08-09 – NVI).
Os versículos acima descrevem aquilo que pode está ocorrendo com muitos dos
Filhos de Deus: infelizmente, talvez estejamos andando em trevas. Ora, mas por
que isso tem acontecido, afinal, estamos freqüentando a igreja, temos nos
desviado do mal, não estamos em pecado e, ainda assim, isso está acontecendo?
Talvez porque estejamos trilhando os nossos caminhos (que são tortuosos e não
retos), nossas trilhas, nossos atalhos ao invés de seguir pelo caminho de paz,
ou seja, o caminho que o Senhor quer que nos trilhemos, uma vez que, não
devemos esquecer que Ele é o Senhor e nós servos.
Alguém pode dizer: “Ainda assim, eu não entendi”.Vamos a um exemplo então. Obviamente
que não é errado trocar de emprego quando se recebe uma proposta mais
vantajosa, entretanto, não devemos fazer isso sem consultar a Deus, o que
freqüentemente ocorre. O mesmo é em relação a contrair matrimônio com alguém,
pois o Senhor quer que todos encontrem a sua metade e vivam felizes para
sempre, mas, da mesma forma, não devemos não devemos fazer isso sem consultar a
Deus.
Quantos de nós fizemos o que acabamos de exemplificar e hoje estamos sem
emprego, pois a empresa que pagava mais faliu, ou o nosso casamento está
complicado porque ou a pessoa com quem casamos, simplesmente, mudou
completamente de atitude? Tudo isso porque não questionamos ao Senhor em
relação a atitude que deveríamos tomar, não perguntamos se esse era o plano
dEle para as nossas vidas.
Uma coisa deve ficar bem clara: “Já que estou em caminhos tortuosos porque
casei com a pessoa errada, vou consertar me separando dela!” NÃO é isso que o
Senhor quer que façamos. NÃO é a atitude certa diante dEle. O certo agora é
entrar na Presença do Senhor e pedir que Ele transforme esse casamento em uma
benção!
Retomando, então, o entendimento. Novamente explicando que não é errado
casar-se com alguém, mudar para um emprego que pague mais, firmar uma sociedade
com outra pessoa, etc. O errado é fazer isso sem consultar a Deus, pois há
caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte (Pv 14:12 – NVI).
Nós costumamos consultar a Deus quando a proposta não é tão vantajosa, não é
verdade? Porém, quando ela é boa, nós oramos para que o Senhor não deixe que
nada dê errado, enquanto deveríamos orar para que Ele nos diga se aquele é ou
não o Seu Plano para nós.
Vejamos, na Palavra, um exemplo de um homem que era muito de Deus,
considerado o pai da Fé, o amigo de Deus (Tg 02:23) e que, por não ter
consultado ao Senhor, pagou um alto preço por isso: Abraão.
Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva
egípcia, cujo nome era Agar. E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem
impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela.
E ouviu Abrão a voz de Sarai (Gn 16:01-02). Um entendimento errado leva a uma atitude
equivocada. O Senhor não queria que Sarai tivesse um filho? Claro que queria, o
que faltava era algo deles (do casal) para que isso ocorresse. Ao final do
segundo versículo, vemos algo que é fundamental para compreendermos a mensagem,
quando diz que Abrão ouviu a voz de Sarai. Abrão ouviu a voz de sua esposa e
não a voz de Deus. Em momento nenhum ele consultou a Deus por aquele plano.
Uma outra coisa que deve ser destacada nesse ponto é que, para a época,
como não havia a medicina atual, a serva de Abrão serviria apenas como “barriga
de aluguel” para o seu filho e não como amante dele. Esse era o costume daquele
povo, para aquele tempo, e não para os dias atuais. À época, um homem que tinha
muitos filhos era um sinal de status na sociedade.
Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por
mulher a Abrão seu marido, ao fim de dez anos que Abrão habitara na terra de
Canaã. E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua
senhora desprezada aos seus olhos. Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja
sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou
menosprezada aos seus olhos; o SENHOR julgue entre mim e ti (Gn 16:03-05). Por
não ter consultado a Deus a respeito da Sua vontade para com eles, aquele casal
que vivia em paz, naquele lar que era abençoado, entrou a discórdia, a intriga,
em outras palavras, entraram as sombras densas. E isso tem se repetido hoje.
E era Abrão da idade de oitenta e seis anos, quando Agar deu à luz Ismael.
Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão,
e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito
(Gn 16:16 – 17:01). Por não consultar a Deus e seguir o Seu Plano para a sua
vida, Abrão provou por treze anos o silêncio de Deus. E o que aconteceu na vida
de Abrão durante todos esses anos? Não sabemos, pois a Palavra não fala. Treze
anos de hiato com Deus por não consultar a Deus.
Talvez, alguém dentre nós, que já foi muito de Deus, tinha um relacionamento
pessoal bem próximo com Ele, até mesmo já esteve face a face com o Senhor,
também esteja provando o silêncio de Deus. Ele não fala mais, as orações não
são mais respondidas, a Palavra não mais salta aos olhos, e tudo isso porque
não O consultou por algo. Ao falar com Abrão, o Senhor diz a ele, em outras
palavras, que Ele é o mesmo, que quem mudou foi Abrão, e que era ele andar
segundo a Sua vontade (NVI) e não conforme a vontade pessoal dele.
E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei
grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele,
dizendo: Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas
nações; e não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome;
porque por pai de muitas nações te tenho posto (Gn 17:02-05). O Senhor tem para
nós infinitamente mais do que pedimos ou pensamos. Se Abrão seguisse o caminho
que o Senhor, ele não teria apenas um filho, como até então, mais seria pai de
uma multidão de nações. Se nós seguirmos o Plano de Deus para as nossas vidas,
não teremos apenas uma benção a ser recebida, mas uma infinidade a ser
derramada sobre nós.
Mas ainda assim, mesmo com a misericórdia do Senhor sobre a sua vida, não
podemos esquecer que ela chegou depois de treze anos em sua vida. Mas o que
Abrão deveria fazer? Então lhe disseram: Consulta a Deus, para que possamos
saber se prosperará o caminho que seguimos (Jz 18:05). Naquela época somente o
sacerdote falava com Deus, o que não acontece hoje, pois com a vinda do Senhor
Jesus Cristo, temos, através dEle livre acesso ao Deus Pai, o que não acontecia
à época.
Temos que consultar a Deus, em tudo o que formos fazer, exceto em relação a
algo pecaminoso, pois esse não deve sequer ser permitido em nossos corações e
em nossas mentes, quanto mais perguntar ao Senhor a respeito disso, pois pecado
é pecado e ponto final. Mas em relação às decisões que devemos tomar, sempre
devemos O consultar. E disse-lhes o sacerdote: Ide em paz; o caminho que seguis
está perante o SENHOR (Jz 18:06). Se a resposta que obtivermos do Senhor for
semelhante a essa, sigamos em frente, caso contrário, paremos imediatamente.
Dentro do coração alguém pode dizer: “Mas o meu conhecimento profissional
(ou meus sentimentos) me permite ver que não há como isso dar errado! Tem tudo
para dar certo!” Tem tudo para dar certo, exceto uma coisa: o Senhor Deus ao
seu lado. Sem Ele, não adianta, tem tudo para dar certo, mas vai dar errado.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal (Pv 03:07).
O profeta Isaias fala algo semelhante a esse versículo, entretanto, com
mais exortação: “Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e inteligentes
em sua própria opinião” (Is 05:21 – NVI). A interjeição “ai” do início do
versículo exprime com energia os afetos do ânimo, ou seja, é uma espécie de
julgamento das atitudes equivocadas tomadas por quem busca sua própria
inteligência, sua própria opinião em detrimento à Vontade de Deus para nós.
Portanto, algo que sempre devemos fazer, mas muitas vezes não fazemos, é
perguntar a Deus qual é a Sua Vontade, Seu Plano para nós diante de todas as
decisões ou atitudes a serem tomadas por nós. Nessa mensagem vimos que, até
mesmo Abraão, por não ter consultado ao Senhor sobre uma decisão, andou por
caminhos tortuosos e por densas sombras. Caso isso também esteja acontecendo
conosco, busquemos o perdão de Deus e peçamos para que Ele nos conduza
novamente ao caminho de Paz, onde há justiça e a claridade proveniente da Luz
da Palavra nos permita enxergar onde colocamos os nossos pés. Muito obrigado
Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!
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