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domingo, 1 de julho de 2012

Qual será a nossa escolha: a morte ou a vida?


Versículos II Sm 01:03-10, II Cr 26:16-21a, Sl 51:01-04; 09-12, Jr 52:01-11, Mt 27:01-05, Hb 09:27 e Tg 04:10.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 30/06/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).

Zedequias tinha vinte e um anos quando se tornou rei, e reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Ele fez o que o Senhor reprova, assim como fez Jeoaquim. A ira do Senhor tem sido provocada em Jerusalém e em Judá de tal forma que tenho que tirá-los da minha frente. Zedequias se rebelou contra o rei da Babilônia (Jr 52:01-03 – NVI).

Zedequias se levantou em combate contra o rei da babilônia porque achou que tinha o Senhor ao seu lado. Porém, tendo em vista que ele fazia o que era reprovável aos olhos do dEle, obviamente que não havia como Deus estar ao seu lado naquela batalha. O mesmo acontece com muitos de nós atualmente.

Muitas vezes entramos em combate contra algo que se levanta contra nós, porém, não observamos que estamos fazendo algo que o Senhor Deus não aprova. Como resultado da batalha nós temos uma derrota que, muitas vezes, atribuímos a culpa ao Próprio Senhor. Ora, a culpa não é dEle, mas sim nossa, pois, como pode o Senhor nos proteger se algo que não está de acordo com a Sua Palavra ainda habita em nós? Deus jamais iria contra algo que a Palavra fala.

Então, no nono ano do reinado de Zedequias, no décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, marchou contra Jerusalém com todo o seu exército. Acamparam fora da cidade e construíram torres de assalto ao redor dela. A cidade ficou sob cerco até o décimo primeiro ano do rei Zedequias. Ao chegar o nono dia do quarto mês a fome era tão severa que não havia comida para o povo. Então o muro da cidade foi rompido. O rei e todos os soldados fugiram e saíram da cidade, à noite, na direção do jardim real, pela porta entre os dois muros, embora os babilônios estivessem cercando a cidade. Foram para a Arabá, mas os babilônios perseguiram o rei Zedequias e o alcançaram na planície de Jericó. Todos os seus soldados se separaram dele e se dispersaram, e ele foi capturado. Ele foi levado ao rei da Babilônia em Ribla, na terra de Hamate, que o sentenciou (Jr 52:04-08 – NVI).

Vimos na mensagem imediatamente anterior a essa que, mesmo tentando escapar de nossos inimigos à noite (onde a escuridão, as trevas se fazem presentes), não vamos conseguir, pois, o Santo Livro é muito claro e diz que lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e Luz para o meu caminho (Sl 119:105). Todas as vezes que deixamos a Palavra de lado e buscamos as saídas para as nossas adversidades em outros lugares que não Ela, estamos em trevas, fora da Luz do Senhor e, consequentemente, não teremos o Senhor ao nosso lado.

Em Ribla, o rei da Babilônia mandou executar os filhos de Zedequias diante de seus olhos, e também matou todos os nobres de Judá. Então mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze e o levou para a Babilônia, onde o manteve na prisão até o dia de sua morte (Jr 52:10-11 – NVI).

Por andar em desacordo com a Palavra do Senhor, o rei Zedequias foi abandonado por seus soldados, capturado, barbarizado e ficou preso até o dia de sua morte. Isso é coisa muito séria! Virar as costas para a Palavra não trás nenhum benefício a ninguém, ao contrário, somente nos deixa mais expostos ao ataque do inimigo. Por não buscar o Senhor em meio a sua adversidade, Zedequias preferiu a morte à vida.

A Palavra nos trás mais um exemplo de quem preferiu a morte à vida, o rei Uzias.

Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o SENHOR seu Deus, porque entrou no templo do SENHOR para queimar incenso no altar do incenso (II Cr 26:16). Cuidado homens e mulheres de Deus! Não deixemos que o orgulho, a soberba, se exalte em nossos corações a ponto de nos acharmos “melhores que os outros” e fazermos algo que não é nossa chamada. O fato de Deus usar alguém para um determinado propósito não credencia essa pessoa a ser alguém “mais espiritual que os outros” e, portanto, com licença para pecar. Quanto mais usada for a pessoa de Deus, mais humilde ela deve ser e atribuir tudo o que tem acontecido, através dela, ao Senhor Nosso Deus e Nosso Pai.

Porém o sacerdote Azarias entrou após ele, e com ele oitenta sacerdotes do SENHOR, homens valentes. E resistiram ao rei Uzias, e lhe disseram: A ti, Uzias, não compete queimar incenso perante o SENHOR, mas aos sacerdotes, filhos de Arão, que são consagrados para queimar incenso; sai do santuário, porque transgrediste; e não será isto para honra tua da parte do SENHOR Deus. Então Uzias se indignou; e tinha o incensário na sua mão para queimar incenso. Indignando-se ele, pois, contra os sacerdotes, a lepra lhe saiu à testa perante os sacerdotes, na casa do SENHOR, junto ao altar do incenso (II Cr 26:17-19).

Uzias não aceitou a repreensão, e o mesmo acontece com muitos de nós. Quando o Senhor falar conosco diretamente através de Sua Palavra, usar um pregador, uma mensagem, um hino, e tomarmos um “puxão de orelhas”, não nos indignemos como Uzias. O Senhor, como um Pai amoroso, não quer que nenhum filho seu se perca e, por isso, ele nos chama atenção para determinadas atitudes equivocadas que tomamos. Ora, se ele nos der “uma bronca” significa que Ele ainda nos ama e nos quer bem. Agradeçamos a Ele por isso e jamais retruquemos, pois essa atitude da parte dEle para conosco foi a melhor coisa que poderia nos ter acontecido.

Então o sumo sacerdote Azarias olhou para ele, como também todos os sacerdotes, e eis que já estava leproso na sua testa, e apressuradamente o lançaram fora; e até ele mesmo se deu pressa a sair, visto que o SENHOR o ferira. Assim ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte (II Cr 16:20-21a).

Uzias não aceitou a repreensão, ficou leproso e assim permaneceu até a sua morte. Se ele tivesse se arrependido e pedido perdão a Deus por esse ato seria perdoado? Muito provavelmente sim, porém, tomado pelo orgulho, não fez isso, ou seja, optou pela morte ao invés da vida.

Um terceiro exemplo de alguém que preferiu a morte à vida foi Saul. E Davi lhe disse: Donde vens? E ele lhe disse: Escapei do arraial de Israel. E disse-lhe Davi: Como foi lá isso? peço-te, dize-mo. E ele lhe respondeu: O povo fugiu da batalha, e muitos do povo caíram, e morreram; assim como também Saul e Jônatas, seu filho, foram mortos. E disse Davi ao moço que lhe trazia as novas: Como sabes tu que Saul e Jônatas, seu filho, foram mortos? Então disse o moço que lhe dava a notícia: Cheguei por acaso à montanha de Gilboa, e eis que Saul estava encostado sobre a sua lança, e eis que os carros e a cavalaria apertavam-no. E, olhando ele para trás de si, viu-me, e chamou-me; e eu disse: Eis-me aqui. E ele me disse: Quem és tu? E eu lhe disse: Sou amalequita (II Sm 01:03-08).

Se voltarmos um pouco na Bíblia, veremos que o Senhor mandara Saul destruir os amalequitas. Saul, porém, matou todo o mundo, mas poupou Agague (o rei) e os melhores animais (I Sm 15:03-09). Eis a prova que Saul não havia feito tudo conforme a Palavra de Deus, o que custou muito caro para ele.

Então ele me disse: Peço-te, arremessa-te sobre mim, e mata-me, porque angústias me têm cercado, pois toda a minha vida está ainda em mim. Arremessei-me, pois, sobre ele, e o matei, porque bem sabia eu que não viveria depois da sua queda, e tomei a coroa que tinha na cabeça, e o bracelete que trazia no braço, e os trouxe aqui a meu senhor (II Sm 01:09-10). A vida estava lutando para permanecer em Saul, ainda assim, ele preferiu a morte. Não bastasse isso, por não ter seguido à risca as ordens do Senhor, ele foi morto por um daqueles que ele deveria ter destruído.

Se o Senhor está nos mandando abandonar (matar) algo em nós que seja pecado (um desejo pecaminoso, o ódio, a amargura, o desejo de vingança, a mentira, a desonestidade, etc) é melhor que isso seja feito agora mesmo, caso contrário, isso pode causar a nossa morte no dia de amanhã.

Mais um exemplo de quem preferiu a morte foi Judas. E, chegando a manhã, todos os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos do povo, formavam juntamente conselho contra Jesus, para o matarem; e maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos. Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar (Mt 27:01-05).

Judas não se retirou do templo para orar ao Senhor Deus e pedir perdão por ter conduzido o Senhor Jesus para a condenação, ao contrário, ele saiu para se enforcar, ou seja, mais um que optou por morrer.

Mas alguém dentre nós pode estar dizendo: “Mas a minha situação é muito complicada, não há como o Senhor me perdoar, afinal de contas, o meu pecado é muito grave. Dessa forma, o melhor que pode acontecer comigo é a morte, assim, o meu sofrimento acaba!” É exatamente ao contrário que vai acontecer, pois da mesma forma, como o homem está destinado a morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo (Hb 09:27 – NVI). Ou seja, depois da morte não haverá a oportunidade do perdão, apenas o juízo. Enquanto estivermos vivos, sempre haverá a oportunidade do perdão do Senhor, afinal, as misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade (Lm 03:22-23). Se partirmos sem o perdão de Deus, é justamente nesse momento que o nosso sofrimento eterno vai começar.

Vejamos agora alguém que, mesmo cometendo dois pecados extremamente graves (um adultério e um homicídio), preferiu a vida, o rei Davi.

Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue. Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me (Sl 51:01-04 – NVI). Diferentemente das outras pessoas que estudamos na mensagem, Davi buscou o Senhor depois de seus pecados, pediu misericórdia por suas ações e perdão deles.

Não adianta taparmos o sol com a peneira, se não confessarmos os nossos erros eles não vão nos abandonar, ao contrário, eles vão nos perseguir para sempre. O pecado só será perdoado se for confessado ao Senhor e, se for o caso, à pessoa contra quem pecamos.

Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer (Sl 51:01-12 – NVI). Pouco importava para Davi o seu reino, o que ele não queria era perder a sua comunhão com Deus. Por isso, foi perdoado de seus erros e tornou-se o maior rei que já existiu sobre Israel.

Davi se humilhou perante o Senhor e pediu seu perdão, algo que os demais homens que vimos na mensagem não fizeram. Assim, a Palavra de Deus escrita por Tiago muitos anos depois, fundamenta muito bem o porquê razão Davi foi perdoado: Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará (Tg 04:10).

E conosco? Qual será a nossa escolha: a vida ou morte? Qual exemplo nós seguiremos, o de Davi ou o de Zedequias, Uzias, Saul e Judas? Temos que tomar uma decisão, pois não dá para servir ao Senhor “em cima do muro”. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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