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domingo, 29 de julho de 2012

Somos exemplos da Misericórdia do Senhor.


Versículos Sl 51:01-04; 10-13, Pv 12:17; 16:06, Is 06:05, Mt 06:33, Mc 05:33-34 e Hb 01:09.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 27/07/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).

[Salmo de Davi para o músico-mor, quando o profeta Natã veio a ele, depois dele ter possuído a Bate-Seba] Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado (Sl 51:01-02).

O bom é que nunca pequemos, porém, caso isso ocorra, não devemos ficar de cabeça baixa, achando que não há mais saída para nós e nos afastarmos definitivamente da Presença de Deus, ao contrário, devemos buscá-lO mais ainda para nos purificarmos do mal e nunca mais cair nessa armadilha do inimigo. No salmo acima citado, o rei Davi (que cometera dois atos extremamente graves, um adultério e um homicídio), apela para a Misericórdia de Deus, para Sua “limpeza” e purificação do pecado, o que nós também devemos fazer.

Assim como o Senhor queria a salvação de Davi, Ele quer a de todos nós também e, para isso, precisamos entrar em Sua Presença, contar toda a verdade e pedir perdão pelos nossos atos, pois pela misericórdia e verdade a iniqüidade é perdoada (Pv 16:06a). Não podemos esquecer que para que o Senhor possa nos ouvir, é necessário que contemos a Ele (e à pessoa que prejudicamos, mentimos, enganamos, etc, se for o caso) toda a verdade e não só uma parte dela. Se prestarmos atenção na Palavra veremos que é pela misericórdia E pela verdade e não uma isolada da outra.

Ainda que a verdade nos cause algum desconforto com uma pessoa ou alguma consequência até mesmo criminal, ela deve ser dita com todas as palavras, sem omitir uma só virgula sequer, uma vez que o que diz a verdade manifesta a justiça, mas a falsa testemunha diz engano (Pv 12:17). Ou seja, para que possamos alcançar o perdão do Senhor para os nossos erros, primeiramente precisamos trazer a verdade para que, posteriormente, a justiça se manifeste para nós. Vejamos o que Jesus falou a esse respeito.

Trata-se de uma passagem bem conhecida, a da mulher que sofria de hemorragia. Por muitos anos, doze para ser exato, essa mulher sofreu com uma forte hemorragia. Gastou tudo o que possuía com médicos, mas não alcançou a cura de sua doença. Então ela sentiu que se somente tocasse Jesus ela ficaria curada, o que realmente aconteceu. O Senhor então passou a procurar quem o havia tocado, pois virtude havia saído de Seu corpo. Então a mulher, que sabia o que lhe tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e disse-lhe toda a verdade (Mc 05:33).

Mais uma vez a Palavra nos mostra que toda a verdade deve ser dita, pois somente dessa forma o Senhor poderá nos ouvir. Aquela mulher contou tudo a Jesus sobre o que havia acontecido, e qual foi o resultado? Ela alcançou a sua benção. E Ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz, e sê curada deste teu mal (Mc 05:34).

Uma outra coisa que aprendemos, se prestarmos atenção a esse versículo, é que a paz vem antes da benção. Por mais complicada que seja contar a verdade a alguém (até mesmo a Deus) sobre algum erro que tenhamos cometido, ao fazê-lo, nos sentimos em paz, parece que um “caminhão saiu de nossos ombros” não é mesmo? Ora, isso é um sinal de que o Senhor já está operando em nossas vidas.

Retomando o início da mensagem. Davi continuou falando ao Senhor: “Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue. Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me” (Sl 51:03-04 – NVI). Cada um de nós conhece suas transgressões e pecados. Além disso, o pecado não confessado não nos abandona, está sempre diante de nossos olhos nos lembrando desse erro, nos tirando a paz, nos trazendo o sentimento de que “não somos dignos de estar diante do Senhor”, bem como é uma porta aberta para o inimigo entrar em nossas vidas.

Davi estava nessa situação, porém, reconheceu que cometeu um grande erro e que o Senhor tinha razão de condená-lo. Oh meu irmão, minha irmã, não tentemos achar justificativas para os nossos erros. Tal qual ao rei Davi, reconheçamos nossas transgressões e que o Senhor tem razão de virar Seu rosto para nós, afinal, transgredimos, pecamos contra Ele e fizemos o que a Palavra reprova.

Isaías teve um encontro com o Senhor, mas nem por isso deixou de reconhecer a sua situação, quando disse: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos (Is 06:05).

O que nós precisamos aprender é amar a justiça e odiar a iniqüidade (Hb 01:09), ou seja, tomarmos nojo pelo pecado, a ponto de sequer conseguirmos chegar perto dele. Mas, infelizmente, não é isso que tem acontecido. Cada vez mais, muitos de nós nos sujamos por causa de um dinheiro sujo, de uma “melhor” situação financeira, do “verdadeiro amor” fora do casamento, etc. Ledo engano, pois isso só nos trará tristeza, ademais, a Palavra nos diz para buscar primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mt 06:33). Ou seja, as finanças serão melhores, a felicidade e o amor do casamento serão multiplicados, etc.

Além de reconhecer seus erros e pedir misericórdia ao Senhor por seus atos, Davi pediu algo muito importante que devemos pedir também, como veremos na seqüência.

Ele pediu: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer” (Sl 51:10-12 – NVI). Muitos fazem um paralelo entre Davi e Saul. Saul cometeu erros muito menores que Davi, porém não quis perder a sua coroa. Já Davi, não quis perder o Espírito de Deus.

Infelizmente, muitos não confessamos nossos erros por medo de perder as nossas “posições de destaque na sociedade”, nossos cargos (políticos, muitas vezes), nossas finanças, nossas famílias, dentre tantas outras coisas, porém, esquecemos que estamos perdendo algo fundamental para nós: o Espírito Santo do Senhor.

Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti (Sl 51:13 – NVI). Ao reconhecermos nossos erros, confessarmos ao Senhor (e a quem mais for necessário), buscarmos Sua misericórdia e abandonarmos esse pecado, nós seremos exemplos para as outras pessoas que venham a passar pelos mesmos problemas, daquilo que a o Poder a Misericórdia de Deus é capaz de fazer na vida de uma pessoa. Poderemos mostrar a essas pessoas como retornar aos caminhos do Senhor, afinal, já passamos por aquela situação e fomos resgatados por Ele. Que privilégio!

Portanto, não importa a gravidade do erro que tenhamos cometido. Se ele for confessado, o Senhor, através de Sua misericórdia, estará pronto para nos dar uma nova chance. Davi cometeu pecados muito graves, mas confiou nisso e é, até hoje, o maior rei que Israel já teve. Mesmo sendo o exemplo máximo do judaísmo, ele é citado nos livros até mesmo de outras religiões contrárias. O mesmo pode acontecer conosco. O Senhor também tem um lugar de destaque para todos nós, seja aqui na Terra, seja na eternidade. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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