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domingo, 8 de julho de 2012

O momento certo de nos examinarmos.


Versículos II Cr 32:01-03; 06-08; 20-21; 33:01-13 e I Co 11:28; 31.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 06/07/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).

Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo (I Co 11:31 – NVI).

A maioria de nós costuma se examinar em determinados momentos, tais como: uma batalha financeira, uma doença se levanta contra nós, quando os filhos estão envolvidos com drogas, com prostituição, quando o adultério se faz presente em nossas vidas, diante de uma adversidade, etc. Nesse momento, oramos com o coração aberto, buscamos a Face do Senhor, jejuamos, lemos a Bíblia quase que ininterruptamente, trazemos a Palavra para o nosso dia-a-dia e a colocamos em prática em tudo o que fazemos.

Ao atravessar essas situações complicadas, nos voltamos a Deus com todo o nosso coração e, muitas vezes, até executamos o juízo sobre nós mesmos, ou seja, somente paramos para observar a nossa conduta diante do Senhor quando a “coisa fica feia para o nosso lado”. Ora, por que não nos examinarmos quando as coisas estão bem para nós? Por que deixarmos para fazer isso somente quando a situação está complicada? Afinal, a Palavra é muito clara e nos manda: Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice (I Co 11:28 – NVI).

Infelizmente, não costumamos orar a Deus e pedir que Ele nos mostre o que está errado em nossas vidas quando tudo vai bem para nós, afinal, está tudo em ordem. Pois esse é justamente o momento certo de pedir isso ao Senhor, pois haverá tempo o suficiente para nos ajustarmos às ordens do Senhor impedindo assim que, quando da batalha, o inimigo consiga nos atacar e nos atingir com toda a sua força. Além do mais a Palavra nos manda vigiar, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem (Lc 21:36).

Uma coisa deve ficar bem clara para todos nós: andar com Jesus não significa que não teremos mais batalhas a enfrentar, pois o próprio Senhor nos disse que no mundo teríamos aflições (Jo 16:33). Andar com Jesus significa que, quando essas batalhas acontecerem, estaremos armados, treinados e preparados para o combate. Vamos estudar na Palavra dois exemplos de pessoas, uma que deixou para se examinar quando estava em adversidade e outro que fez isso previamente, filho e pai, os reis Manassés e Ezequias.

Comecemos por Manassés, que tinha doze anos de idade, quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme às abominações dos gentios que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de Israel (II Cr 33:01-02). Tal qual a Manassés, muitos de nós, mesmo em pecado, cometendo erros, achamos que “o Senhor está nos abençoando dessa forma”, afinal, estamos reinando a um certo tempo (não estamos doentes, até estamos prosperando, nossa família está uma beleza, etc). Ledo engano. Isso nada mais é que uma armadilha do diabo para que nós nos achemos “diferenciados e com direito a pecar”. Quando menos esperarmos estaremos no fundo do poço, assim como ocorreu com Manassés, conforme veremos mais adiante.

Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha derrubado; e levantou altares aos Baalins, e fez bosques, e prostrou-se diante de todo o exército dos céus, e o serviu. E edificou altares na casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha falado: Em Jerusalém estará o meu nome eternamente. Edificou altares a todo o exército dos céus, em ambos os átrios da casa do SENHOR. Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura do ídolo que tinha feito, na casa de Deus, da qual Deus tinha falado a Davi e a Salomão seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome para sempre. E nunca mais removerei o pé de Israel da terra que destinei a vossos pais; contanto que tenham cuidado de fazer tudo o que eu lhes ordenei, conforme a toda a lei, e estatutos, e juízos, dados pela mão de Moisés. E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel (II Cr 33:03-09).

Devido à indução de Manassés, os moradores de Jerusalém faziam as coisas piores que as nações que o Senhor havia destruído. Será que não é esse o motivo que a nossa família tem feito coisas piores que aqueles que ainda não são de Jesus? Será que aqueles que nos cercam não estão cometendo aberrações porque estão pensando: “Ora, se ele(a) é crente (Cristão, Evangélico, enfim o nome que for atribuído) e faz uma coisa como essas, por que eu não posso fazer também?” Será que não estamos sendo responsáveis por isso ocorrer?  

E falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não deram ouvidos (II Cr 33:10). Deus nunca vai nos deixar cair para então nos ajudar, ao contrário, Ele sempre tentará chamar a nossa atenção para os nossos erros e para que nos corrijamos antes de cairmos nas mãos do inimigo. O que ocorre na maioria das vezes é que, assim como o povo de Judá, nós não damos ouvidos a isso. A Palavra de Deus é para salvar e jamais para condenar.

Assim o SENHOR trouxe sobre eles os capitães do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para babilônia.
E ele, angustiado, orou deveras ao SENHOR seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; e fez-lhe oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o SENHOR era Deus (II Cr 33:11-13).

O rei de Judá estava cativo, levado como prisioneiro para a Babilônia. Então quer dizer que Deus deixou ele ser preso para se arrepender de seus erros? Não, o que aconteceu é que o Senhor não pode protegê-lo quando os capitães assírios partiram em combate contra ele. Deus não pode nos proteger contra as investidas do diabo quando estamos em pecado. Entretanto, quando Manassés se voltou para o Senhor, Ele o restituiu ao seu lugar de rei. Se clamarmos ao Senhor e nos voltarmos novamente a Ele, seremos restituídos ao nosso lugar de majestade no Senhor, mesmo que tenhamos cometido erros “muito graves”.

Mas a pergunta que fica é: Precisava o rei chegar ao fundo do poço, aprisionado, para se acertar com o Senhor? Precisava perder tudo para ter o Senhor ao seu lado novamente? São as mesmas perguntas que ficam para cada um de nós.

Vejamos agora como o pai de Manassés, o rei Ezequias, agiu de uma maneira completamente diferente.

Depois de tudo o que Ezequias fez com tanta fidelidade, Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá. Ele sitiou as cidades fortificadas para conquistá-las. Quando Ezequias viu que Senaqueribe pretendia guerrear contra Jerusalém, consultou os seus oficiais e os comandantes do exército sobre a idéia de mandar fechar a passagem de água das fontes do lado de fora da cidade; e eles concordaram (II Cr 32:01-03 – NVI).

Ao invés de agir como Manassés, Ezequias não esperou o ataque do inimigo para tomar uma atitude, ao contrário, previamente ao combate ele mandou fechar a passagem de água das fontes, ou seja, aquilo que poderia servir de suprimento para o inimigo. Devemos fazer o mesmo. Ao menor sinal de combate, nos examinarmos e vermos o que pode servir de suprimento que facilite ao inimigo nos atacar (um ódio, um ressentimento, uma mágoa, um pecado escondido, um desejo que é errado, etc).

E pôs capitães de guerra sobre o povo, e reuniu-os na praça da porta da cidade, e falou-lhes ao coração, dizendo: Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o SENHOR nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá (II Cr 32:06-08).

Quanta diferença. Enquanto seu filho induziu o povo a fazer coisas piores que as nações que o Senhor havia destruído, Ezequias falou algo que fez o povo descansar. O mesmo deve ser presente em nós. Não devemos conduzir nossas famílias, amigos, conhecidos ao escândalo, ao contrário, eles devem enxergar em nós atitudes e palavras que os façam ter confiança, ânimo, descanso no Senhor diante da adversidade. Oh, Aleluia! É aquele filho que vê o pai com uma doença séria, ou falido, mas que confia no Deus que ele serve e não esmorece diante desse quadro. Caso ele passe por algo similar, ele deve se lembrar de nós como exemplo a seguir em sua batalha e não como exemplo a esquecer.

Porém o rei Ezequias e o profeta Isaías, filho de Amós, oraram contra isso, e clamaram ao céu. Então o SENHOR enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, e os líderes, e os capitães no arraial do rei da Assíria; e envergonhado voltou à sua terra; e, entrando na casa de seu deus, alguns dos seus próprios filhos, o mataram ali à espada (II Cr 32:20-21). Meu irmão, minha irmã, não existe fórmula mágica para resolver nenhum problema que enfrentemos, mas o Poder de Deus, que não precisa mais que um anjo, para destruir todo o exército do inimigo.

Portanto, não devemos esperar os tempos difíceis para nos examinar. Devemos fazer isso em todo o tempo. E por que não fazermos isso agora mesmo? Esse é o momento perfeito para tal. Não façamos como Manassés que esperou chegar à Babilônia para se examinar, façamos isso ainda em Jerusalém, pois isso evitará um sofrimento tremendo para nós. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!

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