Versículos II Cr 33:01-13, Sl 95:07-08; 101:01-02, Ec 12:01 e Jr 22:21.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 22/12/2012
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versões Almeida Corrigida e Revisada Fiel e Nova Versão Internacional).
Pois
ele é o nosso Deus, e nós somos o povo do seu pastoreio, o rebanho que ele
conduz. Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como em
Meribá, como aquele dia em Massá, no deserto (Sl 95:07-08 – NVI).
Alguns
de nós, ao recebermos uma Palavra do Senhor, simplesmente fechamos o coração,
pois Ela condena alguma prática que temos, nos confronta em relação a algum
pecado em que estamos inseridos, etc. Não devemos jamais deixar qualquer
Palavra vinda do Senhor, por mais simples que Ela aparente ser, pois nEla está
o Poder de Deus para nos livrar de alguma armadilha que o inimigo possa estar
preparando para nos pegar.
Outros,
ainda, lembramo-nos da Palavra somente no momento em que as coisas estão mal,
diante de uma aflição, de um infortúnio, enfim, diante de problemas, pois,
quando tudo vai bem, simplesmente a deixamos de lado, afinal, “mesmo no erro
como eventualmente poçamos estar, o Senhor ainda assim nos tem abençoado,
prosperado, etc”. Não é bem assim, pois usado pelo Senhor não quer dizer
aprovado por Ele. Caso exista em nossas vidas algo que o Senhor condene, Ele
somente estará nos ajudando por misericórdia e não porque aprova o que fazemos.
Temos
que lembrar da Palavra do Senhor mesmo quando tudo nos vai bem. Vejamos uma
Palavra que, aparentemente, não se enquadra no contexto que estamos estudando,
porém, será muito importante para o nosso entendimento. Lembre-se do seu Criador
nos dias da sua juventude, antes que venham os dias difíceis e antes que se
aproximem os anos em que você dirá: "Não tenho satisfação neles" (Ec
12:01 – NVI). Precisamos nos lembrar do Senhor mesmo na juventude (em que tudo
vai bem, há vigor para partirmos em batalha contra o mal, estamos com muitas
bênçãos do Senhor, etc), uma vez que, inevitavelmente, as batalhas surgirão (os
dias difíceis) e para que neles não fiquemos sem “munição espiritual” para
enfrentarmos o exército inimigo. Entretanto, não costumamos nos preocupar com
os dias vindouros. Apenas pensamos de maneira imediatista, o que é um erro para
todos nós.
Jerusalém
teve essa mesma atitude (de não ouvir o Senhor nos dias bons, no tempo da
juventude) o pensamento e, ouviu “uma bronca” do Senhor: “Eu a adverti quando
você se sentiu segura, mas você não quis ouvir-me. Esse foi sempre o seu
procedimento, pois desde a sua juventude você não me obedece” (Jr 22:21 – NVI).
Será que nós também não merecemos essa “bronca”? Notemos que o Senhor advertiu
Jerusalém quando ela se sentia segura. O Senhor não nos adverte quando estamos
caídos, mas quando estamos de pé, firmes e fundamentados em Suas Palavras,
justamente para que não caiamos.
A
Palavra nos trás uma série de pessoas que não se atentaram à voz de Deus, mas
vamos nos fundamentar na passagem ocorrida com Manassés.
Tinha
Manassés doze anos de idade, quando começou a reinar, e cinqüenta e cinco anos
reinou em Jerusalém. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme às
abominações dos gentios que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de
Israel. Porque tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, tinha
derrubado; e levantou altares aos Baalins, e fez bosques, e prostrou-se diante
de todo o exército dos céus, e o serviu (II Cr 33:01-03).
Ezequias,
pai de Manassés, havia derrubado os altares levantados para adoração de outros
deuses. Ele, ao invés de manter essa “limpeza espiritual” em seu reino, voltou
a erguer esses altares, fez bosques, prostrou-se e serviu a todos o exército
dos céus. Será que não estamos fazendo isso novamente? Talvez, nossos
antecessores (pais, familiares, etc) já tenham feito isso em nossas casas,
porém, estamos trazendo novamente essas “imagens, altares” principalmente na
época em que estamos passando, o Natal (pois essa mensagem é de 22/12 e escrita
em 23/12/2012). Ninguém é contra a celebração do Natal, porém, temos que tomar
cuidado para não tornarmos essa data especial em algo que transgrida a Palavra
de Deus.
E
edificou altares na casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha falado: Em Jerusalém
estará o meu nome eternamente. Edificou altares a todo o exército dos céus, em
ambos os átrios da casa do SENHOR. Fez ele também passar seus filhos pelo fogo
no vale do filho de Hinom, e usou de adivinhações e de agouros, e de
feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo mal aos
olhos do SENHOR, para o provocar à ira. Também pôs uma imagem de escultura do
ídolo que tinha feito, na casa de Deus, da qual Deus tinha falado a Davi e a
Salomão seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de
Israel, porei o meu nome para sempre. E nunca mais removerei o pé de Israel da
terra que destinei a vossos pais; contanto que tenham cuidado de fazer tudo o
que eu lhes ordenei, conforme a toda a lei, e estatutos, e juízos, dados pela
mão de Moisés. E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém,
que fizeram pior do que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos
filhos de Israel. E falou o SENHOR a Manassés e ao seu povo, porém não deram
ouvidos (II Cr 32:04-10).
Mesmo
diante de todos esses erros, o Senhor falou a Manassés e a seu povo, porém,
eles não O deram ouvidos, ou seja, mesmo no erro, o Senhor tentou convencê-los,
porém, eles não prestaram atenção à voz do Senhor. Isso pode estar acontecendo
conosco. Ultimamente, sempre uma Palavra de repreensão tem saltado aos nossos
olhos durante a leitura bíblica, mensagens que falam a respeito de algum erro
que estejamos cometendo se repetem, etc. Tudo isso é o Senhor tentando falar
conosco, entretanto, estamos nos fazendo de “surdos” para essa advertência.
Isso é algo muito sério! Mas por que eles não ouviram a Deus? Porque estavam em
um momento de bonança, tranqüilidade, fartura.
Manassés
e seu povo não deram ouvidos à voz de Deus, e o que aconteceu com eles? Assim o
SENHOR trouxe sobre eles os capitães do exército do rei da Assíria, os quais
prenderam a Manassés com ganchos e, amarrando-o com cadeias, o levaram para
babilônia (II Cr 33:11). Aparentemente parece que foi o Senhor que trouxe os
assírios para atacar Jerusalém, mas não, o que ocorreu é que o Senhor não pôde
defendê-los do ataque inimigo. Esse recado também é para mim e para você meu
irmão (minha irmã). Não é o Senhor que está mandando esse problema para nos
castigar, mas é que Ele não pode nos defender das investidas do inferno,
afinal, não prestamos atenção às Suas advertências.
E
ele, angustiado, orou deveras ao SENHOR seu Deus, e humilhou-se muito perante o
Deus de seus pais (II Cr 33:12). Ele não poderia ter orado e humilhado antes de
ser tirado de Jerusalém (casa de paz) e ser levado a babilônia (casa de
confusão)? Claro que sim, porém, alguns de nós, como já estudamos
anteriormente, somente vamos buscar a Deus durante a tempestade, o contratempo,
durante os problemas.
Agora
vem a parte que o Senhor se faz presente na vida de Manassés. E fez-lhe oração,
e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e tornou a trazê-lo a
Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o SENHOR era Deus (II Cr
32:13).
O
Senhor quer fazer o mesmo em nossas vidas, restituir nossa paz (Jerusalém) e
nosso reino (nossa família, nossas negócios, nosso casamento, nossas vidas).
Para que isso ocorra, façamos como Manassés, oremos, nos humilhemos, clamemos a
misericórdia do Senhor. O rei Davi nos diz: “Cantarei a misericórdia e o juízo;
a ti, SENHOR, cantarei. Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando
virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero” (Sl 101:01-02). Quer
dizer que, além de fazermos o que Manassés fez, a partir desse momento, não
mais fechemos o coração à Palavra de Deus, ao contrário, deixemos ele aberto,
sincero para as ordens e orientações que vem do Pai.
Logo,
sempre mantenhamos nossos ouvidos e corações abertos àquilo que o Senhor nos
fala. Se Ele nos mandar abandonar algo que fazemos (ainda que não seja nada
ilegal, porém, é em desacordo com relação à Palavra), o façamos imediatamente,
não esperemos ficar na babilônia, como Manassés, para oráramos ao Senhor e
pedirmos Seu perdão e misericórdia. Esse é o momento perfeito para fazermos
isso. Muito obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!
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