Translate

domingo, 23 de dezembro de 2012

Não murmuremos diante da adversidade.



Versículos: I Co 16:09, Nm 13:01-03; 25-33; 14:01-25 e II Co 03:05.
Pregador: Pr. Jayme de Amorim Campos
Local: Igreja Internacional da Graça de Deus
Data 25/12/2010
Referências Bibliográficas: A Bíblia Sagrada (versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel).


Porque uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos adversários (I Co 16:09).

Sempre que uma grande porta é aberta pelo Senhor para a vida de todos nós, o inimigo fica furioso e tenta, de todas as formas, nos levar algum problema para que reclamemos de Deus e saiamos de Sua presença.

Alguns de nós, depois de tanto batalhar em oração, em buscar o Senhor, e esforço empreendido, a porta do emprego é aberta. Aquele é o emprego dos nossos sonhos, em uma grande empresa, com possibilidades de crescimento, para outros é o concurso público, na área de formação, em uma ótima localização, então começam a se levantar perseguições, pessoas podem não gostar de nós, criticarem o nosso trabalho, etc. Outros tantos, casam-se com a pessoa dos sonhos, um marido (ou esposa) de Deus, atencioso(a), amoroso(a), uma pessoa muito gente boa, porém ele(a) é muito ciumento, cabeça quente, a família é muito difícil, etc.

Então, entramos diante de Deus e reclamamos disso ou daquilo, questionamos a Deus se aquilo que Ele fez por nós é realmente o melhor, e até pensamos em pedir demissão do emprego, fechar a empresa ou terminar o casamento. Ora a Palavra é clara, uma grande e eficaz porta foi aberta e há muitos adversários. Jesus já nos advertiu que no mundo teremos aflições (Jo 16:33). Não murmuremos daquilo que Deus nos deu, pois isso pode nos conduzir a grandes problemas em nossas vidas.

Um exemplo bíblico de que a murmuração pode trazer problemas inimagináveis é o que aconteceu com o povo de Israel ao chegar junto à terra prometida. O SENHOR falou a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles, e enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel (Nm 13:01-03). E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias, caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles, e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra e contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque, os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão; então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela. Porém, os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós (Nm 13:25-31).

Ora, seguramente o Senhor Deus sabia que os povos que habitavam naquele local eram mais poderosos que os israelitas, porém, se observarmos o versículo 02 (dois) do texto, veremos que o Senhor disse que Ele, Deus, haveria de dar aos israelitas, então eles deveriam simplesmente crer naquilo que o Senhor falou e partir para o combate. O mesmo serve para cada um de nós, se o emprego, a empresa, o casamento foi dado por Deus, apenas creiamos nas promessas que Ele fez a cada um de nós e nos partamos para o combate contra os inimigos que se levantarem. Ainda que a pessoa que não goste de nós seja muito influente na empresa, o concorrente de mercado seja um grande conglomerado comercial, o próprio sogro(a) não queira nos ver, maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I Jo 04:04).

O que não devemos fazer é ter o comportamento dos israelitas que creram mais na palavra do homem do que na de Deus. Ainda que os inimigos fossem mais fortes que eles, temos de lembrar que não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus (II Co 03:05). Foi o próprio Deus fiel que prometeu (Hb 10:23).

E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura, também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos (Nm 10:31-33). Então toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou naquela noite. E todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos morrido na terra do Egito! Ou, mesmo neste deserto! E por que o SENHOR nos traz a esta terra, para cairmos à espada, e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos ao Egito? E diziam uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito (Nm 14:01-04).

Muitos podem estar pensando: “Ok, maravilha, mas quando estava no mundo, nunca tive problemas desse tipo, a empresa estava indo o melhor possível, não havia metade dos problemas que hoje existem no meu casamento, nunca havia ficado desempregado! Em outras palavras, vou abandonar a igreja, voltar às práticas que eu tinha (voltar ao Egito)”. Não podemos esquecer a Palavra que uma porta grande e eficaz se me abriu; e há muitos adversários. Isso tudo é tática do demônio para nos forçar a abandonar a presença de Deus e assim, como estaremos sem proteção nenhuma, ele poderá fazer o que quiser com nossas vidas. Não esqueçamos que no Egito o povo era escravo, agora eles estavam próximos a possuir uma terra própria.

Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel. E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa, se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel, tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é conosco; não os temais. Mas toda a congregação disse que os apedrejassem; porém a glória do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos de Israel, E disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo? e até quando não crerá em mim, apesar de todos os sinais que fiz no meio dele? Com pestilência o ferirei, e o rejeitarei; e te farei a ti povo maior e mais forte do que este. E disse Moisés ao SENHOR: Assim os egípcios o ouvirão; porquanto com a tua força fizeste subir este povo do meio deles, e dirão aos moradores desta terra, os quais ouviram que tu, ó SENHOR, estás no meio deste povo, que face a face, ó SENHOR, lhes apareces, que tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite. E se matares este povo como a um só homem, então as nações, que antes ouviram a tua fama, falarão, dizendo: Porquanto o SENHOR não podia pôr este povo na terra que lhe tinha jurado; por isso os matou no deserto. Agora, pois, rogo-te que a força do meu Senhor se engrandeça; como tens falado, dizendo: O SENHOR é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão, que o culpado não tem por inocente, e visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos até à terceira e quarta geração. Perdoa, pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia; e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até aqui (Nm 14: 05-19).

E disse o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei, porém, tão certamente como eu vivo, e como a glória do SENHOR encherá toda a terra e que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que me provocaram a verá, porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua descendência a possuirá em herança. Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos amanhã e caminhai para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho (Nm 14:19-25).

Os israelitas que murmuraram contra o Senhor não entraram na terra prometida, apenas Josué e Calebe que creram no plano do Senhor e, em momento algum murmuraram. Ela, a murmuração, irrita Deus a tal ponto que pode nos conduzir, ao invés de Canaã (o lugar prometido), ao deserto, com todas as privações e adversidades que lá existem.


Não murmuremos diante da adversidade e daquilo que nos foi dado ou prometido pelo Senhor, pois é o melhor que podia nos ter acontecido. Não esqueçamos jamais, Ele é Deus e nós servos. Obrigado Senhor por essa Palavra de Fé. Amém Senhor Jesus!


Nenhum comentário:

Postar um comentário